No dia 15 de agosto,
dia da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, “Seu” Francisco Urbano foi levado ao
reino do Pai. Não poderia ter escolhido data mais significativa para o encontro
com a Bondade Infinita que ele testemunhava havia anos em Senhor do Bonfim, em
seus gestos singelos e cativantes.
Qual a família
genuinamente bonfinense que não o procurava todo sábado, talvez mais para
abraçar o homem bom, gentil, que mesmo comprar os produtos lácteos que ele
oferecia em gentilezas? – Seu Chicô, homem de Deus, homem do povo, empatia de
alma e de vida com esta terra que o tinha como profundamente seu...
Seu freguês, lembro-me
da luta do sábado cedo, mães e pais de família a brincar com ele: “vixe, Chicô,
hoje ocê ta mole...” enquanto a fila crescia...
Ele esboçava um riso e confirmava porque tanta gente escolhia a sua
banca como ponto de encontro. Ele ajudava todos nós, ombros pesados dos dias
duros da semana, a brincar com a arte de viver.
Seu Chicô fará muita
falta. Não tanto pelos requeijões e pelas manteigas, que em nossa terra se multiplicam em diversas mãos, mas pelo
perfil único que nos impelia a abraçá-lo, a acarinhá-lo, e a confessar que para
nós ele era um amigo querido, um querido
pai de todos nós. A bênção, Seu Chicô!
Paulo Machado, uma
homenagem a um homem bom, que viajou fora do combinado, no dia 15 de agosto,
Francisco Urbano, o nosso “Seu Chicô”. Senhor do Bonfim, 17 de agosto de 2013.
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