Monacéis Fotógrafo |
Por várias vezes tenho recordado o discurso ouvido em uma manhã de inverno rigoroso, e sou empurrado a recitar um dos maiores poetas contemporâneos, o poeta chileno Pablo Neruda, que diz em seus cadentes versos:
Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.
Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
-tem que ter reflexo.
E mesmo tendo consciência do fato que isolou Monacéis dos Santos da cidade na qual sempre transitou livremente, em seus óculos escuros, movo-me no sentimento de contribuir à recuperação dos seus valores, do seu jeito único de ser, tão bem reconhecido em nossa cidade, de não entregá-lo ao esquecimento. É preciso deixar à lei o papel de juiz, e abrir espaços à percepção do que Monaceis sempre significou de positivo em nossa terra: preocupação com o município, ao qual serve responsavelmente como Vigilante concursado e efetivo; manutenção da memória e da história bonfinenses, em suas fotos antigas reproduzidas e expostas a cada aniversário da cidade; envolvimento nas discussões das grandes questões que têm constantemente marcado a cidade...
Naquela manhã, a voz distante do locutor, ao abrir espaço à fala de Monaceis, deMonaceis dos Santos, de Monaceis Fotografo, confirmava a sabedoria africana, segundo a qual NUNCA SE ESQUECEM AS LIÇOES APRENDIDAS NA DOR. E nos convidava a ver nele, Monaceis, os inúmeros valores que dele ultimamente tem sido esquecidos.
Dia oito de janeiro, foi o dia do fotógrafo. Dia oito de janeiro, Monaceis dos Santos, foi o teu dia! O futuro ainda te aguarda!
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Paulo Machado, Montreal, 9 de janeiro de 2013.
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