quinta-feira, 13 de março de 2014
O Amor Platônico...
Platão, o filósofo grego da Antiguidade, que concebera o Amor como algo essencialmente puro e desprovido de paixões, ao passo que estas são essencialmente cegas, materiais, efêmeras e falsas. O Amor, no ideal platônico, não se fundamenta num interesse (mesmo o sexual), mas na virtude.
o Amor platônico foi compreendido como algo elevado, ligado à alma, pois não destinava-se aprocriação. No romantismo - sinônimo do amor inatingível do qual o amante teria a satisfação no espírito - o sentimento de amor, por si, já se basta.
Platão defendia que o Verdadeiro Amor nunca deveria ser concretizado, pois quando se ama tende-se a cultuar a pessoa amada com as virtudes do que é perfeito. Quando esse amor é concretizado, não raro aparecem os nativos defeitos de caráter da pessoa amada.
Castiglione e Bembo, filósofos neo-platônicos do Renascimento, desenvolveram um conceito de "amor platônico" segundo o qual o homem supera a sensualidade quando a razão compreende que a beleza é tão mais perfeita quanto mais afastada está da matéria impura e corrupta. Por meio desse conhecimento, o amor se transforma em um "afeto platônico", que é a união exclusiva da mente e da vontade de ambos os amantes.
A tragédia está em que a natureza do homem combina a matéria com o espírito, e o corpo físico impulsiona fortemente a que se rompa o círculo cósmico do amor, quando ancorado num amor imperfeito, inferior.
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