Na tarde desta quarta-feira (21), prefeitos baianos, inclusive o prefeito de Senhor do Bonfim, Edivaldo Martins Correia, reuniram-se no Auditório da União dos Municípios da Bahia (UPB) para discutir sobre a previsão de cortes no orçamento do Ministério da Saúde para 2016, que prejudicará a manutenção de serviços de Atenção Básica e Média e Alta Complexidade. No Projeto de Lei Orçamentária da União enviado ao Congresso Nacional, haverá um déficit de R$16 bilhões para área. A redução de recursos deve afetar os municípios ainda este ano. Com o orçamento de 2015 reduzido em R$ 5,87 bilhões, será quase impossível custear as despesas nos meses de novembro e dezembro. Prefeitos e secretários municipais não descartam mover ação judicial para garantir a transferência dos recursos. De acordo com o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães, a expectativa não é nada animadora. Mesmo que haja a suplementação dos R$16 bilhões, “não será colocado um leito a mais com esse valor. Será somente para manter o que já temos sem faltar recurso até dezembro de 2016”, afirmou. Guimarães ressaltou que os municípios vêm ainda arcando com aumento de salários, equipamentos e insumos “dolarizados” e nenhum programa do Ministério tem previsão de reajuste. A dificuldade para o encerramento do exercício de 2015 será apresentada pela presidente da UPB, Maria Quitéria, em reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (22), em Brasília. A volta do imposto CPMF, a revisão do Seguro DPVAT, da tributação sobre herança e a elevação da taxação sobre os produtos derivados de tabaco, bebidas alcoólicas e importados foram algumas das medidas sugeridas na reunião para ampliar a destinação de recursos ao SUS. Convidado pela UPB e Cosems/BA para colaborar com a discussão, o promotor de justiça do Ministério Público Estadual, Rogério de Queiroz, afirmou que qualquer tipo de retrocesso referente à saúde e ao seu financiamento viola a Constituição Federal. *Com informações do Tribuna da Bahia;
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