O Dia da Mulher Negra
Latino-Americana e Caribenha é celebrado todos os anos no dia 25 de julho. Ao
longo de todo o mês um conjunto de mobilizações e debates acontece, unindo
esforços para garantia de direitos e construção de políticas públicas para o
segmento.
As secretarias de Promoção da
Igualdade Racial (Sepromi) e de Políticas para as Mulheres (SPM-BA), somando-se
às ações protagonistas das organizações da sociedade civil da Bahia, promovem e
apoiam uma série de atividades, que inclui seminários, caminhadas, encontros de
formação, oficinas, rodas de diálogo, campanhas, dentre outras.
Neste “Julho das Pretas”, a
programação organizada pelo Governo do Estado destaca a trajetória de Maria
Felipa na Independência da Bahia, reforçando a bandeira pelo fim do racismo, do
sexismo e em busca de um país mais democrático e fraterno. Felipa era
marisqueira e capoeirista e liderou grandes manifestos na Ilha de Itaparica, em
defesa do território baiano.
Saiba mais:
O 25 de Julho - O Dia da Mulher Negra
Latino-Americana e Caribenha foi criado em 1992, durante o I Encontro de
Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingo, República
Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da
resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado
para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de
opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícita em
muitas situações cotidianas.
O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer as
organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de
temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação,
preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar
parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate
sobre a identidade da mulher negra brasileira.
Presidenta Dilma instituiu o Dia Nacional – No Brasil,
através da lei federal 12.987/2014, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff,
foi instituído o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza
de Benguela era quilombola que viveu durante o século 18, na região onde hoje é
o estado do Mato Grosso. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a líder
do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à
escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi
destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho, governador da capitania
de Mato Grosso, à época. Na ocasião, a população de 79 negros e 30 índios foi
morta ou aprisionada.
Sobre Maria Felipa - A “Heroína Negra
da Independência”. É assim que Maria Felipa de Oliveira é conhecida pela
população da Ilha de Itaparica. Sua história ficou preservada na memória da
população. Segundo os relatos, Maria Felipa viveu na Ponta das Baleias, no
Convento. Uma grande lutadora, entretanto, que ficou esquecida por quase dois
séculos, tanto nos festejos oficiais como na historiografia.
Liderou grupos de mulheres e homens
de diferentes classes e etnias, fortificou as praias com a construção de
trincheiras, organizou o envio de mantimentos para o Recôncavo e as chamadas
“vedetas”, que eram vigias nas praias, feitas dia e noite, a fim de prevenir o
desembarque de tropas inimigas, além de participar ativamente de vários
conflitos, contribuindo com o processo de Independência da Bahia, celebrado
todos os anos, oficialmente no dia 2 de julho.
Diferente das outras heroínas do
panteão do 2 de Julho, Maria Felipa transgrediu os padrões impostos pela
sociedade por ser mulher e liderar um grupo armado e, sendo negra e pobre,
reivindicar direitos mesmo após o fim da guerra. Maria Felipa era marisqueira e
capoeirista, admirada pelo povo de Itaparica. Faleceu no dia 4 de janeiro de
1873.
Programação
Abertura Oficial do Julho das Pretas
Data: 02/07/2016
(sábado)
Horário: 8h
Local: Concentração
na Lapinha
Roda de conversa “Mulher Negra e
Relação Racial”
Data: 07/07/2016
Oficina de Empreendedorismo e
Etnodesenvolvimento
Data: 21/07/2016
Mesa Temática da Década Estadual
Afrodescendente:
Representação e Representatividade da
Mulher Negra na Bahia
Data: 25/07/2016
Horário: 14h
Local: ALBA
Fala Meninas! Como assim, cultura do
estupro?!
Data: 26/07/2016
Horário: 8h
Local: Centro
Cultural Plataforma
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Políticas para as
Mulheres (SPM-BA)
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