Estreitar os laços entre Bahia
e Cuba e divulgar a Feira Internacional de Havana (FIHAV), que acontecerá no
período de 30 de outubro a 03 de novembro na Ilha Caribenha, estiveram na pauta
da audiência entre o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado
Ângelo Coronel (PSD), o encarregado de negócios da embaixada de Cuba no Brasil,
Rolando Gomez, e a Cônsul-geral do país caribenho no Nordeste, Laura Ivete
Pujol, nesta segunda-feira (18). O encontro, mediado pelo deputado Marcelino
Galo (PT), contou com a participação do deputado federal Jorge Solla (PT).
O comércio bilateral
envolvendo Brasil e Cuba movimenta mais de $ 500 milhões (quinhentos milhões de
dólares) por ano. São mais de 90 produtos comercializados, entre eles minérios,
alimentos, como o arroz e leite, materiais de construção, óleo de soja, miúdos
de frango e sabão. A participação do nordeste brasileiro, no entanto, é mínima,
e precisa ser potencializada na opinião de Laura Pujol, sendo a Feira
Internacional de Havana uma grande oportunidade para prospecção de novos
negócios.
Rolando Gomez avalia que as
semelhanças entre Bahia e Cuba contribui para fortalecer os laços e relações
comerciais. “Pensamos que entre Bahia e Cuba há muitas similitudes culturais,
históricas, que constituem-se em um potencial terreno, muito fértil, para poder
consolidar nexos em vários campos. De maneira que vamos ter uma relação mais
intensa entre Cuba e a Bahia”, avaliou Gomez, que esteve na Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, em Cruz das Almas, e no sul do estado. “Ficamos
muito grato com a hospitalidade baiana”, acrescentou, antes de ser questionado
pelo deputado Ângelo Coronel sobre o sistema de saúde do país.
“Temos que agradecer a Cuba
por exportar médicos para o Brasil, esperamos que mais venham, porque sabemos
que ainda falta muitos médicos no interior da Bahia. E se, evidentemente, está
sobrando médicos em Cuba, pode mandar que a gente aqui absorve”, frisou o
parlamentar, que ganhou um caixa do charutos Cohiba, um dos produtos referência
do país caribenho.
O deputado Marcelino Galo
voltou a condenar “com veemência” o bloqueio econômico imposto pelos Estados
Unidos a Cuba em 1962. “O recrudescimento do bloqueio, principalmente depois da
ascensão de Trump ao poder americano, é uma violência absurda que insiste em
asfixiar Cuba, na tentativa torpe de impedir seu desenvolvimento científico,
tecnológico, econômico e social”, enfatizou Galo, que ressaltou a importância
do trabalho realizado por 843 médicos cubanos em 315 municípios baianos na
promoção e prevenção da saúde pelo Programa Mais Médicos. “É um trabalho
fantástico, referência, de atenção, de cuidado, que esses profissionais fazem
em nosso estado, tendo o reconhecimento da população”, frisou o parlamentar.
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