Governo
apoia a fruticultura baiana
Atividade tem grande potencial gerador de empregos e renda
O
Sistema Produtivo de Fruticultura foi o tema da reunião que aconteceu nesta
quarta-feira (13/12) no Senai Cimatec e reuniu diversos atores da indústria,
processadoras de frutas, produtores, sindicatos, representantes financeiros e
Governo do Estado. De acordo com Juliana Araújo, diretora de Relações
Empresariais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), foram discutidas
na reunião entraves e desafios do segmento.
Araújo
explicou que a SDE está trabalhando duas vertentes: os sistemas produtivos e os
estudos territoriais e a ideia é convergir territórios com sistemas produtivos
de cada município que serão pilares do PDI Bahia 2035, planejamento de longo
prazo desenvolvido pelo Governo do Estado.
"Tivemos
a oportunidade de conhecer a Política Nacional de Fruticultura, que em breve
será enviada ao Ministério da Agricultura, e todos os presentes tiveram a
oportunidade de colocar suas críticas e sugestões. Além disso, foi conversada a
possibilidade da criação de um fundo para o desenvolvimento do mundo agro
focado em fruticultura. Estamos fazendo a sensibilização de órgãos como o
Desenbahia, a Bahiainvest, Inseed - Gestora de Fundos de Investimento e o
Sindicato de Frutas da Bahia", explica Juliana Araújo.
A
apresentação da Política Nacional de Fruticultura ficou por conta de Etélio
Prado, da Associação das Industrias Processadoras de Frutos Tropicais - ASTN.
" O plano está sendo concebido por um grupo de profissionais que está
envolvido com o setor e deverá ser assinado em janeiro de 2018. Estamos
coletando através de audiência pública todas as informações possíveis e
cabíveis que auxiliem no aperfeiçoamento do plano que com toda certeza ajudará
a cadeia produtiva de fruticultura", afirma.
Jeandro
Ribeiro, chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR),
acredita que a reunião criou um ambiente de integração de forças que promovem a
convergência das ações. "O setor está presente em diversos territórios do
estado, a exemplo do cacau no Litoral Sul, o mamão no Extremo Sul, o maracujá e
a manga no Sertão Produtivo e o caju no Litoral Norte. A agricultura familiar
está muito envolvida no contexto da cadeia da fruticultura e o Estado da Bahia,
através da SDR, vem entendendo isso e executando ações", diz.
Futuro
O
presidente do Sindisucos, Luiz Hermida, comemora a abertura de diálogo com o
Governo do Estado. "Estamos há algum tempo construindo esse diálogo com
objetivo de reerguer a cadeia da citricultura baiana. Nós temos um potencial
muito forte, a Bahia tem uma agroindústria que é uma das maiores produtoras de
frutas como laranja, manga, maracujá, goiaba e mamão. Parte dessas frutas tem
inserção nas cadeias produtivas globais e a indústria baiana tem capacidade de
gerar exportações para essas frutas e chegar aos mercados consumidores do mundo
inteiro com produtos de alta tecnologia", diz.
Em
relação às indústrias menores, Hermida afirma que é preciso apoio para
estruturar de forma adequada a APL (Arranjo Produtivo Local) para que a
produtividade e a qualidade da fruta produzida na Bahia cresça e o parque
industrial comece a trabalhar de forma plena. "Hoje trabalhamos com a
capacidade de mais de 50%. Temos capacidade de produção, mercado e expertise, o
que está faltando é matéria prima de qualidade a preço competitivo, que por sua
vez vai gerar emprego e renda para o estado", explica o presidente do
Sindisucos.
Gustavo
Camargo, gerente de compras agro do grupo inglês Britvic, uma das maiores
companhias do mundo no setor de bebidas não alcóolicas, e que no Brasil é
proprietária da Ebba – Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos, veio até a
Bahia participar do evento e entender as dificuldades que o produtor tem e
saber como a indústria pode atuar em parceria com esses órgãos e com os
agricultores.
"Um
evento como esse é muito importante para agroindústria como um todo, já que
envolve vários segmentos e órgãos importantes. Para nós a parceria com a
agroindústria é muito importante, principalmente nosso grupo que planeja
crescer no âmbito tanto nacional quanto internacional", afirma Camargo.
Com
unidades industriais em Aracati (Ceará), em Atolfo Dutra e em Araguari (Minas
Gerais), a Ebba possui uma capacidade anual de processamento de aproximadamente
40 mil toneladas de fruta e produção de mais de 200 milhões de litros de suco.
Fazem parte da empresa, as marcas Bela Ischia, Da Fruta e Maguary, as duas
últimas com mais de 30 3 60 anos de mercado respectivamente.
Tecnologia
"Considero
que este é um trabalho bastante importante para definição dos próximos passos a
serem desenvolvidos. Há toda uma estruturação envolvendo desde a cadeia da
agricultura familiar até a parte da tecnologia para grandes indústrias. No
Cimatec, temos condições de apoiar o desenvolvimento desses atores na parte da
tecnologia, da inovação e capacitação de pessoas no desenvolvimento empresarial
como um todo", afirma Cleide Guedes, gerente da área de alimentos e
bebidas e metrologia do Senai Cimatec.
13.12.2017
Ascom/SDE
Ascom/SDE
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