Agora este coronavírus que aparece e nos
deixa, temporariamente, mais humildes em relação ao que chamamos,
arrogantemente, de civilização. Esta pandemia que entrou em nossa época e em
nossas casas.
O que vamos fazer?
O que temos que fazer?
Somos capazes de fazer o quê?
Os governantes estão meio desgovernados.
Os governados estão, como sempre, desorientados. E os que tentam governar a si
mesmos estão ainda mais céticos quanto às próprias capacidades de acreditar que
são maiores do que realmente são.
Escolas, igrejas, instituições e eventos que aglomeram pessoas estão
suspendendo suas atividades. Algumas pessoas estão, como podem e quando podem, estocando
álcool em gel e se recolhendo em suas casas, mas o álcool em gel não esteriliza
as dúvidas, os medos... O mundo está parando para olhar, de perto, sua própria
fragilidade.
De tempos em tempos, o mundo e os
“mundinhos” vivem pânicos semelhantes e descobrem que só podem salvar a si
mesmos se salvarem o resto do mundo. Passado o medo, o desespero, voltamos ao
nosso mundinho egocêntrico e vivemos por lá por mais alguns anos. Isto tudo vai
passar e nossa ignorância vai persistir. A burrice humana é um vírus incurável
e que, por séculos e séculos, persiste. Para nossa tristeza a estupidez é um
vírus imortal.
Bem, aqui estamos, nós, expostos
aos nossos velhos medos e a este novo-velho vírus.
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