Sepultamento do historiador baiano foi no cemitério Campo Santo, em Salvador
Por A Tarde
Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDEDa leveza do olhar com a grandiosidade da expressão e conhecimento que tinha, sobretudo da cidade de Salvador. E foi nesta terra que amigos e familiares foram dar adeus ao professor e historiador Cid Teixeira, que morreu nesta terça-feira, 21, aos 97 anos. O sepultamento ocorreu na tarde desta quarta, 22, no Cemitério Campo Santo.
Advogado de formação, Cid trabalhou na Rádio Cultura da Bahia, ainda no Campo Grande, centro de Salvador, foi repórter do Diário da Bahia e se tornou referência para pesquisadores e historiadores. Nem o diagnóstico de Alzheimer foi capaz de apagar o dom principal, que era o exercício da memória Presente na cerimônia, o agitador cultural Clarindo Silva afirmou que o professor Cid Teixeira conhecia as tradicionais famílias baianas como cidade de Salvador, da Ribeira ao Abaeté.
“Realmente não conheço ninguém com a memória tão boa quanto a dele. Tinha capacidade de fazer muito mais do que fez, mas foi tudo dentro do limite dele mesmo”, reiterou Clarindo.
Quem também veio prestar o “até logo” foi o historiador Rafael Dantas, que ressaltou o legado de Cid durante a trajetória profissional.
“Cid marcou um momento no qual não tínhamos redes sociais. Sempre foi marcante na mídia divulgando a história e falando de forma séria do assunto”, disse.
O professor Ernesto Carvalho, arquiteto e urbanista disse que a partida de Cid é uma perda grande para a referência da história da Bahia.
“Cid agregava pessoas de diversos segmentos. Sempre havia algo a acrescentar. Ele criou um ecossistema de pessoas que hoje também lidam com a história”, afirmou.
Cid foi autor de obras como Mineração na Bahia, Bahia em Tempo de Província, Bahias, Coronéis e Oligarquias, e Salvador, Posse e Uso da Terra.
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