sexta-feira, 11 de outubro de 2013

SENHOR DO BONFIM, MONTE SANTO E REGIÃO ESTÃO PERDENDO OS SEUS CÉREBROS


Nesta sexta-feira, quando o ônibus da Falcão Real singrar o asfalto em direção à capital estaremos perdendo (esperamos que provisoriamente) alguém que fez da cultura e da pesquisa histórica o seu campo natural de trabalho. Acompanhado de sua esposa Fernanda, e de seu único rebento, o pequerrucho José Fernando, o Pesquisador e Professor José Gonçalves dirige-se ao sul do país, obrigando-nos a repetir com a palavra bíblica:

 

“Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Eis que a casa de vocês ficará deserta. Eu lhes digo que vocês não me verão mais até que digam: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor’”. Lucas 13:34-35.

 

O filho de Monte Santo, que se fez bonfinense, filho ilustre de Mandassaia, um dos maiores pesquisadores e críticos da Guerra de Canudos desse país, Presidente da Academia de Letras e Artes de Senhor do Bonfim, filósofo e teólogo de formação européia (italiana) não encontrou espaço entre nós a partir de janeiro de 2013. Nem o seu berço precisou dele ou reservou espaço para que ele continuasse a alavancar a cultura e a história de Monte Santo e de Canudos... Nem Senhor do Bonfim soube abraçá-lo e às competências únicas que lhe pertencem.

 

Resta-nos repetir com a Bíblia: “Bonfim, Bonfim... Monte Santo, Monte Santo...  “que matais os profetas e apedrejais os que lhe são enviados!”  Por que preparar o caminho do vazio, desertificar a nossa casa, expulsando aqueles que fazem crescer a vida?”

 

A nossa esperança é que um dia todos os que foram empurrados para a diáspora retornem, BENDITOS, entre nós!



 

ASCOM de Paulo Machado

10.10.2013

 

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