segunda-feira, 14 de março de 2016

Operação Ronda Maria da Penha ganha sede em Salvador





Em celebração ao mês da mulher e em comemoração ao aniversário de um ano da criação da Ronda Maria Penha (RMP), o Comando Geral da Polícia Militar da Bahiacom apoio da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA), inaugurou hoje (10) pela manhã, a Sede da Ronda Maria da Penha, localizada no Distrito Integrado de Segurança Pública em Periperi – DISEP, em Salvador.

A implantação de uma sede para a RMP amplia as possibilidades de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, e proporciona estrutura para que treinamentos e oficinas sejam realizados. Além disto, cria a possibilidade de oferecimento de serviços mais completos às vítimas, a exemplo da criação de espaços para crianças acompanhantes. Desta forma, é esperado que o resultado que já vem sendo alcançado seja ainda mais positivo.

Estiveram presentes na solenidade: a Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia, Olívia Santana; o Secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa; o Comandante Geral da Polícia Militar, Anselmo Brandão; a Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia, Nágila Brito; a Delegada Fernanda Porfírio de Sousa, que esteve representando o Delegado Geral da Polícia Civil, Bernardino Brito; a Chefa de Gabinete da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, Karla Ramos, dentre outras autoridades.  

Durante seu pronunciamento, a Secretária Olívia Santana ressaltou a importância da Operação Ronda Maria da Penha: “As mulheres baianas agradecem a implantação da Ronda, pois, ela fortalece a mulher, faz com que acreditem que podem e devem denunciar, além de buscar seus direitos. Uma coisa é o que a lei estabelece, outra é ver uma rede de proteção se erguendo para concretizar esse direito estabelecido”, explicou.

Assistida há três meses pela Operação, a jornalista Reicy Veridian Silva Damasceno destacou a importância de iniciativas como a RMP. “A violência contra a mulher está em todas as classes sociais. Não é um problema de governo, é um problema de educação. Há três anos, comecei a sofrer a violência, quando meu ex-companheiro me jogou borra de café quente no rosto, além de me dar chutes e puxões de cabelo. Tudo isso no período gestativo. Venho enfrentando essa guerra, essa luta de difamações. Hoje, eu sou uma mulher um pouco mais feliz. Agradeço ao governo pelo projeto, pois, sempre que preciso de ajuda conto com a Ronda Maria da Penha”, concluiu Reicy.

A Ronda 

A RMP foi criada através de um Termo de Cooperação, de uma ação integrada entre as secretarias de Política para as Mulheres, de Segurança Pública (SSP), a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.

A ronda prevê acompanhamento dos casos nos bairros, realizando trabalho preventivo através de conversas com as famílias e com mulheres que são vítimas de violência doméstica, com intuito de evitar que haja continuidade dos casos.

A Operação já realizou 22 prisões em flagrantes, 83 palestras, 90 cumprimentos de ordem judicial, além de realizar o acompanhamento de 232 mulheres.


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