Em celebração ao mês da mulher e em
comemoração ao aniversário de um ano da criação
da Ronda Maria Penha (RMP), o Comando
Geral da Polícia Militar da Bahia, com
apoio da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA), inaugurou
hoje (10) pela manhã, a Sede da Ronda Maria da Penha, localizada no
Distrito Integrado de Segurança Pública em Periperi – DISEP, em Salvador.
A implantação de uma
sede para a RMP amplia as possibilidades de atendimento às mulheres vítimas de
violência doméstica e familiar, e proporciona estrutura para que treinamentos e
oficinas sejam realizados. Além disto, cria a possibilidade de oferecimento de
serviços mais completos às vítimas, a exemplo da criação de espaços para
crianças acompanhantes. Desta forma, é esperado que o resultado que já vem
sendo alcançado seja ainda mais positivo.
Estiveram presentes
na solenidade: a Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia,
Olívia Santana; o Secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa; o
Comandante Geral da Polícia Militar, Anselmo Brandão; a Desembargadora do
Tribunal de Justiça da Bahia, Nágila Brito; a Delegada Fernanda Porfírio de
Sousa, que esteve representando o Delegado Geral da Polícia Civil, Bernardino
Brito; a Chefa de Gabinete da Secretaria Estadual de Políticas para as
Mulheres, Karla Ramos, dentre outras autoridades.
Durante seu pronunciamento, a
Secretária Olívia Santana ressaltou a importância da Operação Ronda Maria da
Penha: “As mulheres baianas agradecem a implantação da Ronda, pois, ela
fortalece a mulher, faz com que acreditem que podem e devem denunciar, além de
buscar seus direitos. Uma coisa é o que a lei estabelece, outra é ver uma rede
de proteção se erguendo para concretizar esse direito estabelecido”, explicou.
Assistida há três meses pela
Operação, a jornalista Reicy Veridian Silva Damasceno destacou a importância de
iniciativas como a RMP. “A violência contra a mulher está em todas as classes
sociais. Não é um problema de governo, é um problema de educação. Há três anos,
comecei a sofrer a violência, quando meu ex-companheiro me jogou borra de café
quente no rosto, além de me dar chutes e puxões de cabelo. Tudo isso no período
gestativo. Venho enfrentando essa guerra, essa luta de difamações. Hoje, eu sou
uma mulher um pouco mais feliz. Agradeço ao governo pelo projeto, pois, sempre
que preciso de ajuda conto com a Ronda Maria da Penha”, concluiu Reicy.
A Ronda
A RMP foi criada através de um Termo de Cooperação, de uma ação integrada entre as secretarias de Política para as Mulheres, de Segurança Pública (SSP), a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.
A ronda prevê acompanhamento dos casos nos bairros, realizando trabalho preventivo através de conversas com as famílias e com mulheres que são vítimas de violência doméstica, com intuito de evitar que haja continuidade dos casos.
A Operação já realizou 22 prisões em
flagrantes, 83 palestras, 90 cumprimentos de ordem judicial, além de realizar o
acompanhamento de 232 mulheres.
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