terça-feira, 6 de junho de 2017

BONFIM: REPRISE - Guerra de Espadas - Líder do Grupo “Os Ignorantes” fala sobre a Guerra de Espadas no São João de Sr. do Bonfim-Bahia.


Dôri - Líder dos Ignorantes.
ODORISVALDINO SOARES BRANDÃO nasceu em São Caetano do Sul – São Paulo tem 52 anos, trabalhou na Coelba durante 28 anos, e atualmente presta serviços para a Prefeitura, onde exerce o cargo de   Diretor de Transportes.                                                                          
Dôri como é chamado pelos amigos, quando veio pela primeira vez para Senhor Do Bonfim, para passar um São João com os irmãos que aqui moravam, foi convidado a participar da Guerra de Espadas, ficou maravilhado com o que viu, e apaixonou-se pela “Guerra de Espadas” fogos juninos feito artesanalmente com tabocas de bambu, enroladas com cordão especial com uma mistura de cera, tendo uma mistura de pólvora com limalha de ferro e sendo socada com um acabamento de barro etc.
 Dori então, não tirava a Guerra de Espadas da cabeça e, retornou após dois anos quando então se estabeleceu em Senhor Do Bonfim-Bahia terra da tradicional Guerra de Espadas e do Maior e melhor São João da Bahia premiado pela Bahiatursa.
A PAIXÃO PELAS ESPADAS – Tudo começou quando veio a Sr. Do Bonfim passar um São João com os irmãos que aqui moravam e foi convidado a participar da Guerra das Espadas, ficando maravilhado, nunca mais se afastou dela, criando uma verdadeira paixão.
COMO SURGIU O GRUPO OS IGNORANTES? – Há muito tempo soltando espadas, foi se formando o grupo de amigos, até que numa gincana na Praça Nova da Cidade, em comemoração ao Centenário da Cidade, ganharam o prêmio, e tinha que ter o nome do grupo, surgindo em meio a brincadeiras: “OS IGNORANTES”.
QUANTOS INTEGRANTES TEM O GRUPO? – Segundo Dôri o Líder dos Espadeiros, o grupo oficial dos organizadores tem mais de 100. Juntando-se a eles outros na passagem pelas ruas do circuito das Espadas.
FATO CURIOSO – Conta Dôri, que certa feita, na fogueira do Ex-prefeito Zé Leite, esse pediu que o grupo defendesse a fogueira oficial da Prefeitura que ficava atrás do Prédio da mesma em uma pracinha, mas quando Zé Leite viu a quantidade de integrantes do Grupo, cerca de mais de cem, desistiu de fornecer as espadas solicitadas, Forneceu ao grupo dos defensores da Fogueira Oficial, mais de 400 dúzias de espadas para eles defenderem. Mas, então o grupo dos “IGNORANTES”, atacou os defensores da fogueira com espadas em fogo, e comeram a fogueira crua?...Pegaram as espadas que ficavam penduradas na árvore cortada que queimava com os prêmios, e arrastaram a árvore da fogueira até a porta da Prefeitura... dá muitos risos ao contar o feito..
A TRADIÇÃO – Na opinião de Dôri, deve ser mantida, pois a história de uma Terra na pode se acabar assim, é como se fosse uma linguagem local, estão deixando morrer a cultura da Cidade, a ponto de até os espadeiros antigos acharem hoje que os filhos não devem soltar mais espadas, perderam o “Pique” diz Dori.
A PROIBIÇÃO PELA JUSTIÇA – Diz Dôri que Ordem Judicial, não se discute... tudo começou com um abaixo assinado dos moradores do prédio que fica em frente a pracinha atrás da Prefeitura, onde queimavam a fogueira do Prefeito como era chamada. Dôri explica que o único Prédio  em frente e que parte dele é residencial,  tem poucos moradores, não sabe onde arranjaram mais de 150 assinaturas , e não houve contestação no processo, correu a revelia não cabendo mais recursos.
A GUERRA – Um espetáculo para turista ver, paixão dos Bonfinenses, para os guerreiros munidos de EPI`s (Equipamentos Individuais de Segurança), dificilmente se acidentam, os acidentes ocorrem mais em alguns imprudentes que exageram na bebida, licores, botam espadas na roupa, na boca.
Nossa guerra tem dia hora e local, dia 23 de junho das 18h às 23h pelo circuito conhecido das espadas (Ruas), que hoje está demarcado oficialmente, sinalizado como se espera, mas que antigamente era cumprido o roteiro.
ONDE COMPRAM AS ESPADAS? – Aqui mesmo em nossa Cidade informa Dôri, de fabricação artesanal em locais afastados da Cidade, devido ao incêndio que houve na tenda do Neném Fogueteiro pioneiro na arte, e que ficava na Rua Padre Severo (Pernambuquinho), houve uma morte na época , dizem, de um artesão que se encontrava na chamada tenda, que era uma pequena casa de tijolos na citada Rua,  mudando-se para o Buriá de Baixo, próximo a Lagoa do Leite na BR.
Existem espadas fabricadas aqui na Cidade, e espadas vindas de Cruz das Almas, maiores com tabocas de bambus com bitolas cinco vezes maiores mais potentes de poder de fogo maior, mas, bem mais vagarosas segundo Dôri, impressionam bem mais e assustam nem mais.
O Que determina a força das espadas é o furo a broca,, que se for grande demais, sai mais fogo e perde a pressão, se for pequeno demais, sai menos fogo e aumenta a pressão mas pode também dar Xabú, termo usado para designar o estouro da espada saindo pela parte do fundo 
Vamos todos assistir a famosa Guerra de Espadas do São João de Senhor do Bonfim.
“Viva São João”
(Matéria feita por: Luiz Bamberg em 11 junho - 2013) 

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