terça-feira, 23 de julho de 2013

Seo Penca, uma história de vida quase folclórica!!!

Seo Penca
AURELINO ALVES DE ALMEIDA, Mais conhecido como “Seo Penca” Nº de Guerra: 18, da família Almeida de Mairi-Bahia, o Pai: Bernardino Alves de Almeida de Mairi na Bahia, e a Mãe: Virgilina Maria de Jesus, ambos naturais de Mairi-Bahia.

A INFÂNCIA– Com a Morte do pai de picada de cobra, a mãe se amigou com um homem chamado Henrique Cordeiro, da família Cordeiro de Feira de Santana, em consequência ela levou seu filho com apenas 3 anos de idade, para morar com ela e o Padrasto.

A ADOLESCÊNCIA – Aurelino, ou melhor, “Seo Penca”, viveu com o Padrasto e a mãe, até os 13 anos, quando então o casal passou a se desentender por causa dele. Aurelino então percebendo que a mãe ia se separar, resolveu fugir de casa, achando que era o momento de ir embora de casa, estava sobrando, fugiu então para a Cidade de Serra Preta, e foi morar na casa de um guarda da SUCAM (Combate a malária) chamado: Honório, que o convidou para ir com ele em suas passagens pela Cidade de Mairi.


O SACRISTÃO – Aurelino já em Serra Preta trazido pelo guarda da SUCAM, caiu nas graças do Padre da Cidade de Serra Preta, que o pediu ao guarda para que ele servisse na  Igreja  local e seria o Sacristão, e foi viver na casa do Padre (Aderbal Sabac de Miranda). Daí então Aurelino como Sacristão da Igreja de Serra Preta, tocava o sino e ajudava na Igreja morando então na casa do Padre.


A IDA PARA A FAZENDA AVIÁRIO -  Com um ano na Igreja de Serra Preta, Achou Aurelino que era hora de ir embora, então disse para o padre que não  ganhava nada na Igreja e iria embora, isso aos quatorze anos de idade. O Padre para segurá-lo prometeu fazer um salariozinho para ele, mas não fez. Aurelino então entrando em um bar, conheceu um Engenheiro chamado Antônio Medeiros que o chamou para ir para a Fazenda Aviária, há cerca de três léguas de Feira de Santana. Na Fazenda, Aurelino tinha a ocupação de lavar cavalos, tosar, dar capim, em  número de oito a dez cavalos.

A CHEGADA AO QUARTEL DO EXÉRCITO – Nas suas idas à Cidade de Feira de Santana, com o Engenheiro da Fazenda, Aurelino passando na porta do Quartel do Exército – 2º Batalhão 18 de Infantaria, hoje 35 BI, e, olhando para dentro do Quartel, o sentinela disse para ele: Que deseja?, respondeu: Nada, to achando bonito, quer entrar para conhecer?- Entrou e ao chegar na cozinha, os cozinheiros disseram: Garoto quer comer?Respondeu: Quero- Então sente ali naquela mesa, e deram comida para ele, dizendo então: se quiser vir todo dia comer venha.   

A VOLTA PARA A FAZENDA AVIÁRIO – Ao retornar a Fazenda Aviário, disse para a esposa do Engenheiro: Dona Ilza, vou para Feira de Santana. O engenheiro estava viajando, que era natural aqui de Itiúba diz Aurelino. Então ela disse: Você quer ir vá, ele não vai achar bom, mas... Aurelino então pegou sua malinha e foi a pé percorrendo os 18 km de distancia da Fazenda para a Cidade de Feira de Santana, parou em frente ao Quartel do Exército e entrou com a malinha, o plantão já sabia, disse então para Aurelino: Vai para a Cozinha. Os cozinheiros em número de três fora os ajudantes, disseram: Quer comer?: Botaram a comida na mesa de Sargento, lá no fundo  do Quartel. Quando Aurelino estava Comendo, chegou um Coronel e perguntou: menino de onde você é? Respondeu: Sou de Mairi. Tá fazendo o que aqui?- Tô no Aviário. Tem pai e mãe? – Não. Não rouba não? – Não – Fica aqui com a gente. Aurelino já estava então com 16 anos. Passando então a servir na casa do Coronel como ordenança dele, acharam bom e seguraram ele. Ficou como ordenança do Coronel que não lembra o nome, até completar 18 anos, vestia a roupa do quartel apesar de não ser oficialmente militar.

O INGRESSO NA CARREIRA DO EXÉRCITO - Ao completar dezoito anos, chegou no Quartel do Exército de Feira de Santana, uma equipe Médica e especialistas, para recrutarem novos soldados, Aurelino então foi encaminhado para ser examinado sem roupas, disseram então: Esse vamos examinar por querer, mas não precisa, porque ele já é daqui de dentro. Examinou o recruta e disseram: A Partir de amanhã, vá ao almoxarifado pegar sua farda... coturno etc. que você já é soldado, a partir de amanhã seu nº vai ser “18”. A Partir de então passou a ser o soldado “18”.

A PROMOÇÃO DE PATENTES – Com uma ano, Aurelino foi promovido a patente de “Cabo”. O Cabo Aurelino, passeando pela Cidade de Mundo Novo, fardado, conheceu uma Môça que queria namorar com ele, disse então que na podia, pois, era Cabo do Exército, tinha que pedir licença. Ela então disse: Vá e peça licença sua licença e volte que eu me caso com você, porque gostei de você. Aurelino voltou e falou com o Subtenente, que estava na escala, e ele disse então que não podia dar baixa, mas autorizava casar, porém ele teria que ser promovido a 3º Sargento, pois, Cabo não era permitido casar. E pediu a promoção de Aurelino, que achou que era  bom. O Coronel então autorizou o Subtenente (Anísio Sola) da família Sola do Rio de Janeiro, sendo promovido então a 3º Sargento do Exército.

O CASAMENTO - Com a patente de 3º Sargento do Exército, Aurelino agora podia se casar, pois, com patente mais baixa, o padre e o Juiz não casavam militares. Retornou então Aurelino, depois de passar um período de mais ou menos trinta dias, à cidade de Mundo Novo, em busca da prometida. Porém, chegando lá a mesma já se encontrava com outro. Para não perder a viagem, uma vez que já estava decidido a se casar, encontrando outra môça interessada, ele aliançou e casou com VITALMIRA OLIVEIRA DE ALMEIDA indo morar na Vila de Umbuzeiro, distrito de Mundo Novo, terra da esposa. Levou a esposa para conhecer o quartel, porém não conseguiu baixa do Exército, ficando recebendo seu soldo do Exército, como 3º Sargento, até ser cortado pelo então Marechal Castelo Branco, porque recebia sem estar servindo o Exército.

A VIDA CIVIL – Sem vencimentos, Aurelino agora tinha família para sustentar, foi trabalhar no Estado, emprego arranjado pelo Prefeito de Mundo Novo (Artur Jacobino Vieira). Indo trabalhar em trecho na estrada de Rodagem, comandando 40 famílias diz Aurelino. Como corte e desempregado, o Prefeito de Mundo Novo botou Aurelino para trabalhar no Município, no mesmo tipo de trabalho que fazia antes na estrada de Rodagem.

A VINDA PARA SENHOR DO BONFIM – Trabalhando no Município de Mundo Novo, conheceu o Ex-Prefeito de Sr. Do Bonfim, Miguel Abrão, que o convidou a vir para Sr. do Bonfim. Miguel então alugou uma casa para Aurelino na rua da lagoa, mas não deu emprego a Aurelino logo, Aurelino então foi vender joias, trazendo então a família mulher e nove filhos já grandes.

O SERVIDOR PÚBLICO DA PREFEITURA DE BONFIM – Antes do final da sua Gestão, Miguel Abrão, deu emprego a Aurelino, como Servidor da Prefeitura de Sr. Do Bonfim, sendo mantido pelo seu sucessor Antônio Carvalho, como fiscal Geral do Prédio da Prefeitura, até sua aposentadoria no Governo de Jonas Costa. Sendo mantido também no Governo de Cândido Augusto, sendo afastado nos governos de Carlos Brasileiro e Paulo Machado. Depois o atual Prefeito Dr. Correia disse: Aurelino, se eu ganhar para Prefeito você vai trabalhar então Aurelino, ou melhor, agora já Seu Penca, disse: pode confiar que o Sr. Vai ganhar. Depois da posse, Dr. Correia o chamou no gabinete e disse para o chefe de Gabinete: Ricardo dá o Decreto de Aurelino que ele fica como Assistente da Secretaria de Administração e Planejamento, assinado: Dr. Edvaldo Martins Correia, prefeito Municipal.

VIDA DE VIÚVO – Aurelino, ficou viúvo, passando então a namorar todas, mas não deu certo com nenhuma, com as marcas do tempo, já bastante idoso,  enfraquecido, diz que agora arranjou uma nova namorada de 44 anos, chamada Marlene, moradora do Bairro Santos Dumont em nossa Cidade (Sr. Do Bonfim-Ba), empregada Doméstica, trabalha em casa de família, alimenta esperanças nesse novo relacionamento.

AS APRESENTAÇÕES CARACTERIZADO NOS EVENTOS – Aurelino ou Seo Penca costuma se apresentar em dias especiais como Sete de Setembro, caracterizado, vestindo uma Batina, com um crucifixo, que ele diz ser a roupa Inglesa, chamada Sobretudo, e ser roupa comum, mas que parece uma batina preta parece, ainda mais com um crucifixo no pescoço,as vezes também com uma farda do Exército enviada pelo seu Genro (Dalmir Rubens Pereira) 1º Tenente do Exército,e autorizado pela Junta Militar da Região. Diz ele que usa a farda o dia e a hora que quiser, e assim o faz, principalmente nas festas de palco, ou similares, sendo visto nos dias Sete de Setembro, Aniversário da Cidade, São João, Natal, etc.

CONCLUSÃO – Aurelino Alves de Almeida, Mais conhecido como Seo Penca, apelido que ganhou dos colegas de Prefeitura de Bonfim, devido a penca de chaves que trazia das portas da Prefeitura, pois era o chaveiro durante 15 anos. Diz que os Governantes gostavam dele, a quem também não tem o que falar querido pelos colegas, deseja ao prefeito Dr. Correia que ele seja Feliz em sua Administração juntamente com os que estão ao lado dele para o que der e vier. E para você filho do saudoso Diretor do Departamento de Obras da Prefeitura Mário Bamberg, homem inteligente, você puxou a inteligência de seu pai. Muitos anos de vida, até quando Deus permitir o direito na Terra.


Texto escrito por: Luiz Bamberg.    




Seo Penca e Luiz Bamberg





Monacéis (Outra Lenda) e Seo Penca






Seo Penca


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