Material apreendido |
Foram libertados no final da manhã desta quinta-feira (15.05), pela Justiça de Queimadas os três garimpeiros presos em flagrante na madrugada do último dia 3, na estrada de acesso à cidade de Nordestina (Ba), por uma guarnição da Cipe-Caatinga, quando conduziam 350 kg de dinamite (125 kg em gel e 225 granulada) e uma bobina com 750 metros de cordão detonante.
Cicero de Jesus, de 33 anos, Aurismar Nascimento dos Santos, de 35 anos e Jaélcio Evandro dos Santos, de 28 anos (este, irmão de Aurismar) trabalham na garimpagem de ouro nas minas existentes nos municípios de Nordestina e Santa Luz e são pessoas bastante conhecidas em Nordestina, onde residem.
A prisão em flagrante se deu porque o material explosivo estava sendo transportado sem documentos de autorização do Exército Brasileiro, o que levou a polícia a suspeitar da finalidade de seu uso, diante da onda de explosões que vem ocorrendo em caixas eletrônicos de bancos em todo o Estado da Bahia, tendo os presos justificado a clandestinidade do material pela ausência de legalização da atividade de garimpagem na região, em virtude da lenta burocracia enfrentada no DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), órgão do Ministério das Minas e Energias, em conjunto com outros órgãos de outros ministérios.
A defesa de Cícero, Aurismar e Jaélcio é patrocinada pelo advogado bonfinense Josemar Santana, que juntou farta prova documental atestando a boa conduta social dos presos, consistente em Declaração de mais de 600 pessoas residentes em Nordestina, Certidões de Antecedentes Criminais expedidos pela justiça de Queimadas, depoimento da pessoa responsável pela empresa autorizada a utilizar o material, afirmando que se tratava de sobra de material que seria utilizada no garimpo onde trabalham os três garimpeiros, além de Declaração do presidente da Cooperativa de Garimpeiros que se encontra em fase de regularização e Moção de
Solidariedade aprovada pela Câmara de Vereadores de Nordestina em favor dos garimpeiros.
Segundo o advogado Josemar Santana, a robustez das provas apresentadas em favor dos garimpeiros presos dissipou as informações preliminares que suspeitavam do uso criminoso dos explosivos, dando suporte ao pedido de liberdade em favor dos garimpeiros presos, que responderão ao processo em liberdade.
(Com Informações de SANSIL COMUNICAÇÃO).
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