Quem na sua missão de
doutrinar tem a oportunidade de esclarecer espíritos recém-desencarnados ou
não, presencia coisas que as pessoas “Normais” não podem entender. Por exemplo,
relatos de vida, decepções com a Família, desesperos, choros, arrependimentos,
ódios, ciúmes [(Esposa (o))], situações patéticas em relação a bens materiais e
dinheiro deixado, frases como, minhas jóias, meu carro, minha casa, não quero
ninguém no meu carro, meu anel eu não dou (Como se ainda pudesse usar. isso
pode ser ridículo para os encarnados (Vivos), mas para os desencarnados
(Mortos) especialmente os de pouco tempo, a situação pode ser bem complicada.
Lembremos do que nos disse o Mestre dos Mestres (Jesus): “Onde está o teu tesouro,
aí também estará o teu coração” (Evangelho segundo o Espiritismo e Bíblia). Vemos
constantemente Espíritos presos por laços fluídicos, nas vibrações que
colocaram nos bens materiais. Não raros presenciamos desencarnados presos a
potes de dinheiro que esconderam embaixo de árvores, na avareza extrema,
sofrendo com o medo de perderem suas fortunas, para alguém que resolva cavar
embaixo da árvore. Para tanto assombram de todas as formas para espantarem os visitantes
indesejados, são as famosas árvores mal assombradas. Situações semelhantes
acontecem com outros bens, carros, casas, quadros, jóias, pessoas, enfim,
naquilo que se valoriza em excesso, coloca-se um pouco da sua alma nesse objeto
de adoração.
Nesse sentido, podemos
observar que quando uma pessoa tem uma adoração por um veículo, é comum que as
constantes vibrações depositadas nele, comecem a mostrar resultados visíveis,
como por exemplo, as pessoas dizerem ao ver o carro do indivíduo, “É a cara do dono”, dizem isso pela
identificação das vibrações cristalizadas do seu dono adorador. “Como disse o
Mestre Jesus: Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Ou
melhor, o teu Espírito, por que antigamente
se achava que o coração é que pensava e que era o centro da vida, mas o coração
não pensa, o coração é uma bomba hidráulica, para bombear o sangue para a
corrente sanguínea, em eletricidade seria um dínamo gerador que gera uma
corrente alternada de cerca de 80 cíclotrons por minuto, possuindo dois
capacitores (Baterias) cujo defeito de um deles é substituído por um
marca-passo. É no espírito, ser inteligente que reside à vida. O Espírito,
elemento inteligente do universo, pensa, [Como se fosse uma lâmpada que se
acende, (Livro dos Espíritos)], A Mente, campo da Consciência desperta,
reflete, [(qual espelho reflete a luz) (Emmanuel)], E o corpo físico, a máquina
divina segundo a definição feliz de André Luiz (Espírito), executa através dos
órgãos que lhes são peculiares. Isso significa que num ato voluntário, como o
de pegar um simples copo d’água, meu espírito pensa, a mente reflete qual
espelho reflete o pensamento, direciona para os órgãos que lhes são peculiares
e executores como o cérebro
(Que não pensa transmite sinais elétricos e magnéticos), para os órgãos que vão
executar através de comandos elétricos ou sinapses, neurônios transmissores e
receptores, por fim o órgão envolvido pelo pensamento do meu espírito e pela
vontade dele ou minha, porque faz parte de um todo, que nesse caso será a minha
mão física, desloca-se e pega o copo e bebe tudo isso na velocidade do
pensamento.
Pois bem, voltemos ao caso
do Espírito que ao ser resgatado das zonas Umbralinas, e ser despertado para a
sua situação de reconhecimento de que já havia morrido, passou a revelar alguns
detalhes da sua última existência, em que vivia nas Ruas mendigando, ali pela
Praça da Sé na Capital Baiana Salvador. Não me lembro o nome que ele tinha, mas
queixava-se de que mendigava ali pelas portas do Banco, Praça e a Noite ia
dormir na Porta da Igreja, que fica nas redondezas da Praça da Sé. Contou que às
vezes o Padre da Igreja, abria a porta à noite e deixava ele dormir na
Sacristia, no chão, saindo pela manhã. E o maior sonho do mendigo, pasmem, era
dormir em uma cama. Com uma ferida na perna que devia ser erisipela ou algo
assim, conseqüências trazidas talvez no seu perispírito (Corpo do Espírito), uma
vez que segundo os ensinamentos dos espíritos, e reforçado pelo eminente
Espírito Bezerra de Menezes, “Nós somos o somatório de nossas experiências de
vidas passadas e desta”, passamos para a matéria as chagas da alma.
Ao ser perguntado se o
Espírito do mendigo queria ir para um hospital “X” no Mundo espiritual para se
tratar, o mesmo disse que não tinha dinheiro, sendo informado que os créditos
dele no bem, e da Casa Espírita davam essa condição dele ser tratado, ele
aceitou. Mas para espanto de todos quando lhe mostraram a cama aonde ele iria
se deitar no Hospital no Mundo Espiritual (Cama Semimaterial), o mendigo
desencarnado, emocionou a todos, chorando ao ver a cama, e disse: “Finalmente
vou dormir em uma cama, precisei morrer para dormir em uma cama, precisei
morrer para ganhar uma cama”.
Essas são coisas que somente
aqueles cuja missão Divina, lhes dá condições de conhecer o Mundo Espiritual e
acompanhar a situação dos desencarnados, amigos parentes, conhecidos ou não,
poder analisar e fazer reflexões sobre a vida encarnada e desencarnada, porque
a vida é uma só. [“A Vida eterna” (Que é
a vida do Espírito)].
Luiz Bamberg |
Texto Escrito por: Luiz Bamberg
Autor da Pedagogia do Espiritismo
Monografia inédita –UNEB -Campus VII
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