Por Paulo Machado
Morava na atual Praça Luís Viana Filho, o sempre eterno Campo do Gado, quando, ainda criança, adolescente, eu o vi pela primeira vez. Curioso e frequentador da Loja de “Seu Matos”, pude entrever, sentado em um grande fardo, ao lado do primeiro proprietário da empresa que chegaria hoje a dias de glória, Pedro Gondim Gomes de Matos, o menino Paulo Roosevelt, que assumia a missão de servir aos muitos clientes da casa. Enquanto ouvia os inúmeros pensamentos de fé genuinamente católica, escritos diariamente por “Seu Matos” em diversos idiomas, observava o jeito sério e sisudo de ser do mais novo balconista. Tínhamos quase a mesma idade, mas chamava-me a atenção a aparente timidez, o costumeiro silêncio, o olhar sério e reflexivo daquele adolescente, tão adolescente quanto eu.
A determinação, a disciplina, o controle, a capacidade de trabalho, a visão e o compromisso com o futuro seriam fatores decisivos para o seu crescimento dentro e fora da empresa na qual ingressara. Par e passo, determinadamente, e movido pelo espírito empreendedor e a vontade de vencer e alcançar os altos espaços, alcançaria o sucesso contemporâneo no mundo empresarial bonfinense.
A história de sua trajetória não mudou o seu semblante sério e pouco expansivo. Seus gestos continuaram comedidos e medidos, quem sabe estando aí a razão do bom suceder de sua vida empresarial. Tudo isto regado, contraditoriamente, pela ousadia de empreender, que fez dele um dos maiores exemplos de empreendedorismo da história econômica de nossa terra.
Paulo Roosevelt de Olinda, contigo Senhor do Bonfim aprendeu a empreender!
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Foto: Acervo Otávio Xisto
Trechos da crônica publicada no livro Páginas Bonfinenses
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