Ao longo dos anos, parte da comunidade científica tem se reunido para discutir os efeitos adversos que as Mudanças Climáticas têm causado ao globo terrestre. Apesar dos desastres serem cada vez mais notório, parece ser de consenso que o raciocínio dos representantes públicos tem evaporado com os níveis d
as represas. A culpa é sempre do elevado ou baixo volume de chuvas, quando o que ser ver são cidades com crescimento desordenado, provocando fortes pressões sobre o Meio Ambiente.
No Brasil, vários são os instrumentos que podem subsidiar a tomada de decisão no que tange a precaução e prevenção de eventos meteorológicos críticos. Entre eles estão a Política Nacional de Meio Ambiente, Política Nacional de Saneamento Básico, Código Florestal, Lei das Águas, Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, Plano de Segurança Hídrica
e dentre outros. Observa-se que mesmo como todo esse aparato legal, grande parte dos Estados e Municípios ainda demonstram total despreparo com relação a temática.
Não obstante a isso, a sociedade é a primeira a receber os percalços provenientes de uma administração pública com requintes do século passado, maquiada de gestão. Gestão? Eles não compreendem nem o significado empírico da palavra, pois se assim os soubessem, muito provavelmente não teríamos tantas vidas afetadas.
Nesse sentido, em termos de Engenharia, a insuficiência dos serviços de saneamento básico, bem como, o manejo das águas pluviais (drenagem) é um exemplo a ser repensado, será se já não temos que começar a dimensionar as estruturas pensando na recorrência frequente desses eventos? Obter maior controle sobre o uso e ocupação do solo? Várias são as hipóteses que permeiam a temática, o que não pode mais ocorrer é a omissão do fenômeno, pois postergar sua existência, custa VIDAS. Quanto à comunidade científica, essa não pode mais esperar ser ouvida, e sim, insistir para que sua voz ganhe força.
Autores:
Luciano da Silva Alves,
Engenheiro Ambiental e Sanitarista, Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da Universidade Federal de Sergipe (PRORH), atuando na área voltada para Hidrologia.
Paula Jessica da Cruz Santos,
Engenheira Civil, Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da Universidade Federal de Sergipe (PRORH), atuando na área voltada para Segurança Hídrica.
Fonte: CleberVieiraNews
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