Na Bahia, 130.885 pessoas entre 5 e 17 anos saíram da situação de trabalho infantil, considerando o número de 2011 em relação a 2006. É o que revelou uma análise realizada pela Diretoria de pesquisas da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isso representa uma redução de aproximadamente 26%, uma vez que no ano passado, 363.609 pessoas nesta faixa de idade exerceram algum trabalho na semana de referência da pesquisa.
A maior parte das crianças e adolescentes que foram retiradas do trabalho infantil neste período tem entre 5 e 15 anos. Esta faixa etária corresponde a cerca de 75% das pessoas que saíram desta situação, ou seja, 97.824.
O diretor de pesquisas da SEI, Armando Castro, aponta dois fatores que podem ter contribuído com o resultado: a eficiência das políticas de combate ao trabalho infantil e "a elevação de renda das famílias mais pobres que ajudou a retardar a entrada precoce no mercado de trabalho".
A queda da proporção de crianças de 5 a 9 anos trabalhando na Bahia, entre 2006 e 2011, foi de 66%. No ano passado, de acordo com o PNAD, 9.934 pessoas nessa faixa etária trabalharam na semana de referência da pesquisa, o que representa 0,8% dos baianos com essas idades, que era de 1.257.743. De acordo com a análise, houve saída de 21.404 crianças em trabalho precoce nessa faixa etária no período entre 2006 e 2011.
Já em relação às pessoas com 10 a 13 anos, a redução foi de 30% e a proporção de ocupação, que era de 11,3% em 2006, passou para 8% no ano passado. A análise aponta que houve diminuição de 40.937 desta faixa etária em trabalho infantil no período, o que resulta em redução de 62.341 crianças de 5 a 13 anos nesta situação.
Considerando o ano passado em relação a 2006, houve redução de 34.943 adolescentes de 14 e 15 anos em situação de trabalho infantil. Nesta faixa de idade, nota-se uma queda de 26% na proporção de crianças em trabalho infantil e 96.490 pessoas ocupadas, o que equivale a 17,7% da população dessa faixa etária e, de acordo com o SEI, não foi possível determinar qual a proporção destas pessoas que são menores aprendizes.
Analisando os jovens baianos com 16 e 17 anos, aproximadamente 173 mil (30,5%) estavam trabalhando no ano passado, entre os 567 mil pessoas destas idades. Já em 2006, a proporção era maior, de 37%, com total próximo de 200 mil.
*Com informações do site da SEI
Matéria original do iBahia:
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