Em sua segunda edição, a campanha “Vá
na moral ou vai se dar mal” já é conhecida pelos foliões.
A campanha “Vá na moral ou vai se dar
mal” do Governo da Bahia, através da Secretaria de Políticas para as Mulheres
da Bahia (SPM-BA), está em sua segunda edição e já é conhecida por muitos
foliões.
O foco da campanha é o enfrentamento
à violência contra as mulheres no Carnaval da Bahia 2016. Este ano, conta com o
apoio do Instituto Avon que tem a missão de promover a saúde e o bem estar da
mulher por meio da mobilização da sociedade.
Nesta edição, a campanha tem como
madrinha Maria da Penha, uma mulher brasileira e nordestina, que tem em sua
história de vida a marca da violência doméstica. Ela emprestou seu nome à Lei
11.340 de 2006, que foi instituída na legislação brasileira, para punir os
autores de crimes de violência doméstica contra a mulher.
Em 2016, a lei completa 10 anos de
existência, e é motivo de comemoração por ser um dos instrumentos que mais
auxilia no combate à violência sofrida pelas mulheres brasileiras, que
encontram em Maria da Penha, um exemplo de luta e força.
O principal objetivo da campanha é
mobilizar e conscientizar a população, de maneira lúdica e criativa, em
relação à necessidade de superarmos a violência de gênero, difundindo, mais
amplamente, o respeito e a paz entre homens e mulheres.
No contexto do Carnaval, combatendo
as agressões mais comuns: puxar o cabelo, beijar forçadamente, xingar,
humilhar, forçar a fazer algo sem consentimento, tirar a liberdade de ir e vir,
dentre outras.
Ações
A campanha terá duas vertentes: a de
conscientização dos foliões e turistas e a de atendimento às mulheres vítimas
de violência durante o Carnaval. A conscientização se dará através da
distribuição de materiais informativos, como panfletos, adesivos e ventarolas,
contendo orientações sobre os tipos de violência contra a mulher durante o
carnaval e informações sobre a rede de atenção.
Também estarão presentes bonecas
gigantes, semelhantes aos bonecões do Carnaval de Olinda, em homenagem à
madrinha da campanha, Maria da Penha, em alguns blocos nos três circuitos da
festa (Barra, Campo Grande e Pelourinho). A ideia é reforçar a importância
desta personalidade feminista e os avanços da Lei Maria da Penha que completa
10 anos de existência em 2016.
Haverá recepção e conscientização de
foliões e turistas no aeroporto, porto, ferry-boat e rodoviária de Salvador; em
blocos, camarotes e nos circuitos do carnaval; em bairros soteropolitanos que
realizam suas próprias festas, como Plataforma e o Nordeste de Amaralina; e
também nos festejos de cidades do interior da Bahia, como Ilhéus (que teve seu
carnaval realizado de 29 a 31 de janeiro), Vitória da Conquista e Porto Seguro.
Algumas parcerias também foram feitas
com blocos tradicionalmente masculinos, como os Filhos de Gandhy e As
Muquiranas, para que na entrega das fantasias também fosse distribuído material
informativo e de conscientização.
O atendimento às mulheres também foi
reforçado para os dias de festa. Órgãos estaduais, como a SPM-BA, a Secretaria
de Segurança Pública, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Tribunal da
Justiça, estão unidos no enfrentamento à violência contra as mulheres na maior
festa de rua do planeta.
Em todos os postos da Polícia haverá
policias mulheres para atender e acolher as vítimas, e os policiais que estarão
em atividade, também passaram por diálogos e receberam material informativo
sobre os tipos de violência contra a mulher no carnaval e os procedimentos a
serem realizados.
Este ano, a Delegacia Especializada
de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada em Brotas, contará em seu plantão durante
o carnaval, com reforço de profissionais que atuam nas Unidades Móveis da
SPM-BA, para melhor recepcionar e orientar as vítimas.
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