Se as chuvas ocorridas em 2013
provocaram grandes estragos na sede do município e seus entornos, exigindo um
montante de, aproximadamente, R$ 500 mil reais para a recuperação das áreas
atingidas, agora, em janeiro de 2016, os estragos foram ainda maiores. Desta
vez, não apenas a sede e seus entornos, mas todo o município de Jaguarari foi
comprometido.
Em levantamento realizado pela
Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, somente a região de Catuni da
Estrada, que compreende Catuni da Grota, Olhos Dágua e Jenipapo, não sofreu
grandes impactos com as chuvas, apresentando apenas alguns problemas
localizados. No entanto, o restante do município foi atingindo drasticamente.
Estradas vicinais comprometidas: a estrada que
liga a Sede à Santa Rosa de Lima, passando pelo Distrito de Gameleira, foi uma
das mais castigadas.
Já no sentido Santa Rosa de Lima a
Pilar, os moradores daquela região estão praticamente ilhados. Bueiros que
foram construídos pela prefeitura e Mineração Caraíba tiveram suas estruturas
bastante danificadas.
A preocupação maior gira em torno das
chamadas regiões de alagadiços (Xique-Xique, Rocinha, São José, Poço
das Queimadas, Caatinga de Porco), além do trecho Santa Rosa de
Lima/Ipueira do Barros, que está interditado. Ainda naquela região, mais
precisamente em Arapuá, é possível transitar, embora, com muita dificuldade. Em
Riacho do Mocó, equipes trabalham intensamente na tentativa de liberar o acesso
o mais breve possível.
Nos sentidos Sede/Diogo/Antas,
Sede/Macambira/Favela/Varzinha e a região de Flamengo, englobando Alagoinha,
Flamengo e Alagadiço, são grandes os estragos.
Pontes e bueiros: Em Riacho Seco,
que fica entre Gameleira e a Sede, houve rompimento da ponte. O bueiro
localizado entre a Sede e Macambira, nas proximidades do prado, também foi
destruído.
A estrada que dá acesso à Fazenda
Outeiro está interditada. Nos locais mais afetados, os trabalhos de recuperação
ainda não puderam ser iniciados, já que as equipes da prefeitura não conseguem
trafegar com máquinas e equipamentos.
Danos na Sede: Bairros como
Odilon Gonçalves, Padre Eugênio Possamay, Mutirão, Artur Gonçalves, Loteamento
Vitória, Açude, além da Rua Castro Alves, após as chuvas, sofreram com a erosão
do solo e crateras foram abertas nas vias públicas.
São, pelo menos, 100 homens, além de
inúmeras máquinas e equipamentos envolvidos em uma grande operação e que estão
espalhados estrategicamente em setores como Santa Rosa de Lima, Pilar, Sede,
Riacho do Mocó e Fazenda Traíra para liberar estradas.
Adiamento das aulas na Rede
Municipal: por causa das chuvas, muitas comunidades ficaram isoladas. Com
isso, a Secretaria de Educação decidiu adiar o inicio das aulas, que estavam
programadas para 1º de fevereiro, e tiveram de ser reprogramadas para o dia 11
do mesmo mês.
Segundo o Secretário de
Infraestrutura e Obras Públicas, Antônio Carlos Xavier, serão necessários, pelo
menos, 60 dias para que boa parte da área atingida seja recuperada. “Em
2013, a prefeitura precisou investir, aproximadamente, MEIO MILHÃO DE
REAIS no trabalho de recuperação, em um raio de destruição muito
menor. Agora, todo o município foi atingindo. Não podemos falar em números
ainda, mas o volume a ser aplicado em toda operação, apenas no setor de
infraestrutura, pode até se aproximar de 1 MILHÃO DE REAIS”,
concluiu.
Antônio Nascimento, prefeito de
Jaguarari, está pessoalmente visitando as áreas mais atingidas e promoveu uma
integração entre todas as secretarias a fim de acelerar o processo de
recuperação das regiões mais atingidas.
“Tínhamos um plano de dar
sequência às obras já em andamento pelo município e implementar outras. Porém,
agora, o plano precisou ser revisto. E o mais imediato é socorrer as famílias
que sofreram alguma perda material ou que necessitem de amparo, como auxilio
moradia (a exemplo do aluguel social), e recuperar o que for possível. No
momento, trabalhamos com recursos próprios. Certamente, se for preciso,
recorreremos a outras esferas da Federação”, disse o Prefeito Municipal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário