sexta-feira, 18 de março de 2016

Marisqueiras de Maragogipe ganham base comunitária para cultivo de ostras e kits para trabalho





“Marisqueira com orgulho, quilombola para sempre”. Esse é o lema das 30 mulheres marisqueiras das comunidades de Capanema e Baía do Iguape, localizadas no município de Maragogipe, na Bahia. A partir de agora, elas passam a cultivar ostras, utilizando estruturas semelhantes a travesseiros, o que irá possibilitar a recuperação do estoque de ostras em vida livre, além de melhores práticas de manejo, e da geração de renda com sustentabilidade e respeito ao meio ambiente.

Foram disponibilizados 30 travesseiros flutuantes, para início do cultivo dos moluscos em estuários, além de kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), contendo blusas com filtro solar UV e boné em tactel, que também tem bloqueio de 98% dos raios UVA e UVB.

Marisqueira desde os sete anos, Janete Barbosa Sena, 44, ressaltou a importância do projeto para as mulheres das comunidades, que têm mais de 50% da renda gerada pela mariscagem.

“Uma experiência nova para todas. Sempre pescamos da forma tradicional, e com esse projeto estamos com o pleito de criar ostras, para o aumento da renda familiar e também contribuir para que a espécie não entre em extinção, aumentando assim a quantidade de ostras na reserva extrativista”, explicou Janete.

Apoio ao projeto

A Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM-BA), uma das parcerias do projeto, está realizando curso de formação para as marisqueiras, solicitação das próprias mulheres da região.

Também foram disponibilizados, através do Fundo de Combate à Pobreza, R$46.600,00 (quarenta e seis mil e seiscentos reais) para a compra de mais travesseiros e equipamentos para fortalecer o cultivo das outras. 

A Coordenadora Executiva de Ações Temáticas, Jucinalva Peruna, e as assessoras técnicas, Kátia Santos e Flora Brito, marcaram presença no lançamento da campanha, representando a SPM-BA.

O projeto é realizado pela ONG Rare, Fundação Vovó do Mangue e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e conta com apoio da SPM-BA, Bahia Pesca e da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB).



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