O último relatório que mostrava que a barragem estava operando com 100% da capacidade datava de 22 de fevereiro. De lá pra cá, as medições do mesmo instituto mostram que praticamente não choveu na região, o que provocou a diminuição gradativa do volume de água armazenado no reservatório, que abastece, além de Ponto Novo, os municípios vizinhos de Filadélfia, Caldeirão Grande, Itiúba, Senhor do Bonfim, Andorinha e Jaguarari.
Um
cálculo mais detalhado mostra que, mesmo nos primeiros meses do ano,
considerados mais chuvosos e frios, a barragem perdeu aproximadamente 6% do seu
volume por mês. A partir de agora, com a chegada do período de estiagem, esse
número tende a aumentar. Se a perda em seis meses foi de 36%, nos próximos
seis, que são muito quentes, poderá chegar ou ultrapassar 50%. Se isso
acontecer, o nível pode estar beirando os 20% já no início do ano.
No
dia 10 de agosto de 2015 o reservatório de Ponto Novo operava com 100% de sua
capacidade. O período das chuvas na região começa em novembro, mas as primeiras
e únicas chuvas só vieram em meados de janeiro de 2016. Por isso a Barragem
transbordou até o fim de fevereiro. Considerando que as chuvas de inverno foram
escassas e não contribuíram para elevação do nível do reservatório,
diferentemente de 2015, é preciso economizar água e torcer para que as chuvas
ocorram no próximo verão, ou a situação poderá ficar dramática a partir do
início de 2017.
Apesar
da enorme capacidade hídrica, a Barragem de Ponto Novo não mais consegue
suportar a demanda de sete municípios durante mais de um ano sem chuvas. Isso é
preocupante, principalmente porque a promessa de sua ampliação através da
implantação da tecnologia fusegate, que aumentaria a capacidade em
30%, por enquanto, não saiu do papel.
Portal Ponto Novo
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