A aprovação foi feita após quase sete horas de debates e apresentação de relatórios. Além da Sputnik V, a vacina Covaxin também foi aprovada. Decisão vale apenas para para lotes específicos de imunizantes
“Acredito que essa decisão é uma vitória do bom senso sobre o preciosismo tecno-burocrático. O voto do diretor relator deixa claro que a preponderância das graves condições epidemiológicas atuais se fez valer sobre as rigorosas exigências técnicas, que todos nós vínhamos apontando serem descabidas, no momento atual”, afirmou o secretário.
“Pena que essa decisão venha tarde e ainda recheada de condicionantes que precisam ser observadas, atrasando ainda mais a vacinação maciça que precisamos no país”, concluiu.
A Sputnik V foi requisitada por seis estados: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí. Em abril, um pedido de 30 milhões de doses para 14 estados foi rejeitado pela Anvisa.
A Anvisa já aprovou para uso no Brasil a CoronaVac, a vacina de Oxford/AstraZeneca, a da Pfizer/BioNTech e a da Johnson. Esta última, entretanto, ainda não tem doses disponíveis no país
.
Uso sob condições especiais
Durante a tarde, os gerentes de três áreas técnicas da Anvisa deram pareceres sobre as vacinas, fizeram ressalvas e sugeriram condicionantes caso os diretores decidissem pela aprovação da importação.
Por conta do que chamaram de “incertezas técnicas” presentes na documentação das vacinas Sputnik V e Covaxin, a Gerência de Medicamentos, a de Inspeção e Fiscalização Sanitária e a de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária da Anvisa recomendaram que fossem seguidos protocolos para uso controlado dos imunizantes.
Segundo o relator, Alex Campos, cada estado também terá um número de doses limitado a 1% da população do estado para facilitar as medidas de controle e supervisão dos
dos efeitos. Abaixo, a quantidade permitida para cada um:
- Bahia: 300 mil
- Pernambuco: 192 mil
- Ceará: 183 mil
- Maranhão: 141 mil
- Piauí: 66 mil
- Sergipe:
- Eficácia da Sputnik
- Contra casos moderados e graves da doença foi de 100% — Foto: Tatyana Makeyeva/Reuters
A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a Covid-19, segundo resultados preliminares publicados na revista científica The Lancet”, uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.
A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.
A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, depois de Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Moderna. Quando isso acontece, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.
Fonte:blogdoeloiltoncajuhy
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