Encontro promove diálogo e integração
dos participantes da cadeia produtiva
Agregar
e proporcionar o diálogo entre todos os agentes da cadeia produtiva do cacau
foi o principal objetivo do encontro Bahia Cacau 2035, que aconteceu nesta
terça-feira (21/11), no Hotel De Ville, em Salvador. O cultivo do fruto, que
durante muito tempo teve sua imagem ligada ao coronelismo, é reinventado e
atravessa um novo ciclo histórico de sustentabilidade, inclusão social e
turismo. Estiveram presentes oito secretários de estado, Jaques Wagner (SDE),
Jerônimo Rodrigues (SDR), Vitor Bonfim (SEAGRI), Vivaldo Mendonça (SECTI),
Geraldo Reis (SEMA), José Alves (SETUR), Josias Gomes (SERIN) e o
vice-governador João Leão (SEPLAN), representando o governador Rui Costa.
De acordo com Wagner , o papel do governo através das suas secretarias é dar apoio e sustentação àqueles que querem desenvolver uma cultura com tanta tradição na Bahia e que já foi a maior renda do estado. “O governador Rui Costa mantém a política de estimular a verticalização da cadeia. Somos o maior produtor de cacau do país e o Brasil é o único no mundo que consegue ir do fruto até o produto. Nosso objetivo é utilizar novas metodologias de plantio que melhorem a qualidade do cacau, verticalizando a produção para que o produtor possa ficar cada vez mais com o fruto do seu trabalho, no caso, o chocolate, que agrega muito mais valor que a amêndoa”, afirma.
De acordo com Wagner , o papel do governo através das suas secretarias é dar apoio e sustentação àqueles que querem desenvolver uma cultura com tanta tradição na Bahia e que já foi a maior renda do estado. “O governador Rui Costa mantém a política de estimular a verticalização da cadeia. Somos o maior produtor de cacau do país e o Brasil é o único no mundo que consegue ir do fruto até o produto. Nosso objetivo é utilizar novas metodologias de plantio que melhorem a qualidade do cacau, verticalizando a produção para que o produtor possa ficar cada vez mais com o fruto do seu trabalho, no caso, o chocolate, que agrega muito mais valor que a amêndoa”, afirma.
O
secretário Jerônimo lembrou que a Bahia já ocupa um espaço importante na
cultura do cacau mas que ela precisa ir além da produção e exportação de
amêndoas. “Nós queremos continuar vendendo amêndoa de qualidade, mas queremos
entrar no mercado de chocolate também. Temos condições de clima, de solo, de
mão de obra, de força de trabalho e de inteligência que se esforça para
garantir uma muda de qualidade, resistente a doenças e pragas, além de um
ambiente favorável para o turismo, o que faltava era conseguir um espaço em que
todas essas forças, governo, indústrias, empresários, trabalhadores, movimentos
sociais pudessem discutir o que temos de comum na cadeia do cacau. Por isso,
esse encontro de hoje é tão importante”, diz.
Segundo
Osanar Nascimento, agricultor e membro da Coopfesba (Cooperativa da Agricultura
Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências) de
Ibicaraí, a expectativa da cooperativa, que é responsável pela gestão da Bahia
Cacau, 1ª fábrica de Chocolate da Agricultura Familiar da Bahia, é fortalecer a
cadeia produtiva do cacau com um novo modelo de empreendedorismo na região
cacaueira. “Aprendemos a conviver com a praga mas queremos também aprender um
novo modelo de trabalho com a lavoura cacaueira. Queremos a transformação não
só da amêndoa, mas também dos nibs e do chocolate, agregar valor, aumentar
expectativa de lucro do produtor, aquele que realmente faz todo processamento para
adquirir uma amêndoa de qualidade “, afirma.
Lançamento da APL
Durante
o evento, foi assinado protocolo de intenção para criação do Sistema de Arranjo
Produtivo Local (APL) do Cacau e Chocolate pelo secretário Jaques Wagner (SDE),
Adélia Pinheiro, reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC),
Guilherme Moura, da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB),
Eduardo Bastos, da Associação Nacional das Indústrias Processadoras do Cacau
(AIPC) e Milton Andrade Junior, do Sindicato Rural de Ilhéus (SRI). Já o
secretário Geraldo Reis (Sema) anunciou oficialmente portaria conjunta
Sema/Inema 03, que foi publicada hoje no Diário Oficial do Estado, para
beneficiar produtores do cacau cabruca. A portaria beneficia o produtor rural
que poderá fazer um manejo adequado desse sistema, tendo em vista o aumento da
produtividade de cacau na região sul da Bahia.
“Nenhum
outro produto tem tanto significado para a Bahia quanto o cacau. Pensar na
cadeia produtiva para os próximos anos é uma responsabilidade não só do
governo, mas de todo o estado. Sou um otimista e gosto de olhar para o futuro.
A cadeia está unida e o fórum chega em um momento oportuno quando o campo está
fértil para ser semeado”, afirma o empresário, proprietário da marca de
chocolate Costanegro, e atual presidente da Câmara Setorial Nacional do Cacau,
Guilherme Moura.
Maria
Cristina Vitória, secretária das Mulheres, da Federação dos Trabalhadores e
Trabalhadoras na Agricultura do Estado da Bahia (FETAG-BA), afirmou que apesar
do momento vivido ser de desafio, é também de construção. “Temos como avançar
cada vez mais e vivemos um momento de unidade. Precisamos de um trabalho
voltado para nossos agricultores e acredito que isso vai acontecer através da
políticas públicas que estão sendo desenvolvidas”.
Ineditismo
A
cultura do cacau e o destaque na produção de chocolates gourmet, com alto valor
agregado, produzido no Brasil (somente a Bahia tem mais de 30 marcas), fez o
país ser escolhido para sediar a reunião anual da World Cocoa Foundation- WCF
(Fundação Mundial do Cacau), em 2018. O evento definirá ações voltadas às
parcerias público-privadas do setor cacaueiro internacional visando a
sustentabilidade da cacauicultura em todo o mundo. O encontro, “Partnership
Meeting” (Reunião de Parceiros), será realizado em São Paulo, de 23 a 24 de
outubro do próximo ano, com a participação dos países produtores e
consumidores de cacau, o que renderá ao país convênio com benefício voltado à
cadeia produtiva brasileira.
Fotos: João Ramos
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