quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

ESPIRITISMO – Eu precisei morrer para ganhar uma cama!!! (Texto de Luiz Bamberg)


Quem na sua missão de doutrinar tem a oportunidade de esclarecer espíritos recém-desencarnados ou não, presencia coisas que as pessoas “Normais” não podem entender. Por exemplo, relatos de vida, decepções com a Família, desesperos, choros, arrependimentos, ódios, ciúmes [(Esposa (o))], situações patéticas em relação a bens materiais e dinheiro deixado, frases como, minhas jóias, meu carro, minha casa, não quero ninguém no meu carro, meu anel eu não dou (Como se ainda pudesse usar. isso pode ser ridículo para os encarnados (Vivos), mas para os desencarnados (Mortos) especialmente os de pouco tempo, a situação pode ser bem complicada. Lembremos do que nos disse o Mestre dos Mestres (Jesus): “Onde está o teu tesouro, aí também estará o teu coração” (Evangelho segundo o Espiritismo e Bíblia). Vemos constantemente Espíritos presos por laços fluídicos, nas vibrações que colocaram nos bens materiais. Não raros presenciamos desencarnados presos a potes de dinheiro que esconderam embaixo de árvores, na avareza extrema, sofrendo com o medo de perderem suas fortunas, para alguém que resolva cavar embaixo da árvore. Para tanto assombram de todas as formas para espantarem os visitantes indesejados, são as famosas árvores mal assombradas. Situações semelhantes acontecem com outros bens, carros, casas, quadros, jóias, pessoas, enfim, naquilo que se valoriza em excesso, coloca-se um pouco da sua alma nesse objeto de adoração.

Nesse sentido, podemos observar que quando uma pessoa tem uma adoração por um veículo, é comum que as constantes vibrações depositadas nele, comecem a mostrar resultados visíveis, como por exemplo, as pessoas dizerem ao ver o carro do indivíduo, “É a cara do dono”, dizem isso pela identificação das vibrações cristalizadas do seu dono adorador. “Como disse o Mestre Jesus: Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Ou melhor, o teu Espírito, por que antigamente se achava que o coração é que pensava e que era o centro da vida, mas o coração não pensa, o coração é uma bomba hidráulica, para bombear o sangue para a corrente sanguínea, em eletricidade seria um dínamo gerador que gera uma corrente alternada de cerca de 80 cíclotrons por minuto, possuindo dois capacitores (Baterias) cujo defeito de um deles é substituído por um marca-passo. É no espírito, ser inteligente que reside à vida. O Espírito, elemento inteligente do universo, pensa, [Como se fosse uma lâmpada que se acende, (Livro dos Espíritos)], A Mente, campo da Consciência desperta, reflete, [(qual espelho reflete a luz) (Emmanuel)], E o corpo físico, a máquina divina segundo a definição feliz de André Luiz (Espírito), executa através dos órgãos que lhes são peculiares. Isso significa que num ato voluntário, como o de pegar um simples copo d’água, meu espírito pensa, a mente reflete qual espelho reflete o pensamento, direciona para os órgãos que lhes são peculiares e executores            como o cérebro (Que não pensa transmite sinais elétricos e magnéticos), para os órgãos que vão executar através de comandos elétricos ou sinapses, neurônios transmissores e receptores, por fim o órgão envolvido pelo pensamento do meu espírito e pela vontade dele ou minha, porque faz parte de um todo, que nesse caso será a minha mão física, desloca-se e pega o copo e bebe tudo isso na velocidade do pensamento.

Pois bem, voltemos ao caso do Espírito que ao ser resgatado das zonas Umbralinas, e ser despertado para a sua situação de reconhecimento de que já havia morrido, passou a revelar alguns detalhes da sua última existência, em que vivia nas Ruas mendigando, ali pela Praça da Sé na Capital Baiana Salvador. Não me lembro o nome que ele tinha, mas queixava-se de que mendigava ali pelas portas do Banco, Praça e a Noite ia dormir na Porta da Igreja, que fica nas redondezas da Praça da Sé. Contou que às vezes o Padre da Igreja, abria a porta à noite e deixava ele dormir na Sacristia, no chão, saindo pela manhã. E o maior sonho do mendigo, pasmem, era dormir em uma cama. Com uma ferida na perna que devia ser erisipela ou algo assim, conseqüências trazidas talvez no seu perispírito (Corpo do Espírito), uma vez que segundo os ensinamentos dos espíritos, e reforçado pelo eminente Espírito Bezerra de Menezes, “Nós somos o somatório de nossas experiências de vidas passadas e desta”, passamos para a matéria as chagas da alma.

Ao ser perguntado se o Espírito do mendigo queria ir para um hospital “X” no Mundo espiritual para se tratar, o mesmo disse que não tinha dinheiro, sendo informado que os créditos dele no bem, e da Casa Espírita davam essa condição dele ser tratado, ele aceitou. Mas para espanto de todos quando lhe mostraram a cama aonde ele iria se deitar no Hospital no Mundo Espiritual (Cama Semimaterial), o mendigo desencarnado, emocionou a todos, chorando ao ver a cama, e disse: “Finalmente vou dormir em uma cama, precisei morrer para dormir em uma cama, precisei morrer para ganhar uma cama”.

Essas são coisas que somente aqueles cuja missão Divina, lhes dá condições de conhecer o Mundo Espiritual e acompanhar a situação dos desencarnados, amigos parentes, conhecidos ou não, poder analisar e fazer reflexões sobre a vida encarnada e desencarnada, porque a vida é uma só. [“A Vida eterna” (Que é a vida do Espírito)].



Luiz Bamberg


Texto Escrito por: Luiz Bamberg
Autor da Pedagogia do Espiritismo

Monografia inédita –UNEB -Campus VII

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