terça-feira, 29 de junho de 2021

ESPIRITISMO >>> Abundância tecnológica e científica.

 



Foto ilustrativa


À semelhança de um grande campo lavrado, o planeta se apresenta em pleno período de colheita. As edificações humanas jazem por toda parte, sinalizando o auge da cultura tecnológica e da abundância de conhecimento científico, a felicitar os povos de modo geral. Graves ocorrências que dizimaram milhões no passado foram solucionadas, preservando a vida e estendendo a sua durabilidade de maneira notável. Medidas sanitárias e providências médicas eliminaram enfermidades devastadoras, imunizando a maior parte dos encarnados contra os bacilos destruidores.

Sofisticadas técnicas aprimoraram as comunicações, aviões ultra rápidos cruzam os céus, transportando cargas valiosas para júbilo e progresso constate.

Os avanços são inegáveis e surpreendem a cada dia.

Não obstante, a goela sedenta da guerra ainda devora povos e comunidades em rivalidades as mais diversas. A corrupção desvia recursos preciosos, destinados à manutenção das necessidades básicas da população mais vulnerável, a desfaçatez arruína projetos de cultura e educação e a fome ainda atormenta milhões de estômagos a cada dia.

Drogas e violência urbana se misturam num pandemônio que inquieta autoridades e especialistas, sem que nos mesmos possam atinar com as causas reais de semelhantes distúrbios.

Consultórios jazem repletos de enfermos da alma e do corpo, buscando ajuda psicológica e médica para os variados transtornos que infelicitam a vida de relações interpessoais e a saúde orgânica.

Não obstante as frutíferas discussões sobre os dramas da família, homens e mulheres apresentam preocupante exaustão nos relacionamentos afetivos, sedentos de prazer fugidio e aventuras perturbadoras.

Religiões e religiosos se agarram a modelos teológicos que não conseguem atender às massas desorientadas e tomadas de aflições variadas  na área da fé e da crença cega.

Urge encontrar uma saída para o labirinto onde chegamos, antes que o minotauro da loucura a todos calcine.

Sonhamos alcançar as estrelas, mas nossos desafios milenares nos chumbam ao chão do mundo, reclamando solução.

A fuga pelas drogas aditivas não nos libertou da ansiedade ou da depressão. O álcool criou legiões de dependentes e o tabaco aniquilou milhões de existências no vício deprimente. Glutões e anoréxicos se engalfinham em crises de valores, ora descarregando os conflitos no excesso e noutro se negando a viver, tomado de apatia pela vida.

Sem elucidação lógica e sensata da morte, o túmulo permanece uma incógnita assustadora, fim da etapa física e nulidade absoluta da existência. Para outros, portal de acesso a um paraíso estanque ou estacionamento em regiões de sofrimentos perenes, sem remissão.

Em meio à tantas ciências exatas que lhe medem o tempo com crescente precisão, dão certeiros diagnósticos sobre doenças e organizam finanças de maneira calculada, homens e mulheres caminham no mundo desconhecedores da própria origem e incertos quanto ao futuro além da campa fria do sepulcro.

O nascimento é celebrado e a morte lamentada. O carro físico é objeto de infinitos cuidados, garantindo sua durabilidade ao máximo limite, olvidando que por mais saudável que seja chega um tempo em que sofre desgaste natural de suas principais peças e desarticula-se, liberando a essência para o regresso ao grande lar, esse desconhecido.

Tanto investimento na matéria! Escassos estudos da vida espiritual.

Muitas religiões, pouca religiosidade.

Excesso de etiquetas, pobreza na simplicidade.

Luta por poder e mando e a logo em seguida a morte ceifa ilusões, reduzindo a pó as conquistas passageiras.

A viagem para fora é prioridade. A viagem para dentro permanece temida.

Domina-se o mundo e a si próprio em desgoverno.

Títulos na vida social e analfabetismo íntimo.

Paradoxos de nosso tempo.

Contrastes acachapantes de nossos dias.

Até quando?

De quantas mensagens necessitará o homem para priorizar sua verdadeira essência?

Ligeiro retrospecto da história mostrará os avatares que desceram ao planeta, em todas as épocas, ministrando o conhecimento libertador e alertando sobre a brevidade da existência corporal.

O maior arauto dentre todos surgiu numa manjedoura, pregou na borda de um lago de águas mansas, carregou uma cruz no meio da massa que O acusava e retirou-se do mundo num madeiro de dor.

Jamais esteve ausente de nossos conflitos e nunca nos abandonou na estrada da evolução.

Ofertou diretrizes que jazem esquecidas e lecionou parábolas que até hoje comovem.

Permanece a rocha dos séculos em meio a uma sociedade líquida nos valores morais.

Em meio aos teus conflitos, lembra-te D'Ele.

Acossado por inquietações crescentes, recorre a Ele.

Perdido ante tantos caminhos, escuta-O antes de decidir por onde seguir.

Ele, pastor. Nós, suas ovelhas.

Atendamos ao Seu chamado que permanece inolvidável:

- Vinde a mim todos vós, cansados e oprimidos, eu vos aliviarei!

Em Seus braços entreguemos nossas fadigas. Ele permanece o Caminho, a Verdade e a Vida plena.


Marta ( Espírito)

Salvador, 29.06.2021


# Pelo Médium  

Marcel Mariano 



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