domingo, 29 de dezembro de 2024

Aos Primeiros clarões do ano novo - mensagem psicografada

 


Imagem ilustrativa


Aos primeiros clarões do ano novo, somando-se ao tempo reinante de tecnologia avançada e conquistas científicas de tirar o fôlego, as inquietações humanas e as incógnitas do destino não se fazem diferentes daquelas que atormentavam o homem de vinte séculos passados.

Facilidades externas não solucionam vazios existenciais.

Máquinas não sugerem soluções aos vencidos pelas angústias.

A amargura, decorrência de uma vida atribulada e prenhe de ansiedade não solucionada, não consegue diluição em razão da utilização excessiva das redes sociais.

O protagonismo virtual de nosso tempo emparedou milhões de indivíduos nas masmorras das agonias superlativas da exposição demasiada, violando a privacidade e impedindo o ser do autoencontro.

As fugas externas têm produzido uma geração materialista e descrente, refém de máquinas e algoritmos, como se a vida coubesse numa placa mãe ou um chip.

Os contatos interpessoais, indispensáveis à maturação de projetos e permutas psíquicas, vem sofrendo rude esvaziamento, tornando-se criatório de indivíduos neuróticos e desconectados de sua essência divina.

Nobres esforços têm sido empreendidos por cientistas e pesquisadores, estudiosos da psique e sociólogos, buscando reverter esse quadro avassalador no campo das emoções afetadas pelo excesso de raciocínios rápidos, destituídos de sentimentos.

O afeto permutado reduz os quadros de ansiedade. A partilha de sonhos com alguém querido consolida a amizade. As atividades em grupo fortalecem os laços da amorosidade, indispensáveis ao equilíbrio mental e emocional.

Louvável é toda ciência desses últimos dois mil anos, onde cientistas de escol patrocinaram a descoberta de inúmeras invenções e equipamentos, melhorando a saúde, favorecendo a higiene e arrancando dos campos safras cada vez mais dilatadas, mas quando o ser humano não fez a sua parte, investindo na educação, se deixando robotizar paulatinamente pelas comodidades de máquinas e equipamentos de última geração, como se a elas competisse substituir os seres vivos em suas incógnitas e em seus desafios existenciais, nos damos conta do alto preço que a atual geração vem pagando por olvidar o autoconhecimento.

Após vinte séculos de cristianismo no Ocidente e incontáveis séculos de doutrinas esotéricas no Oriente, o espírito imortal, em seu périplo pela matéria densa, se vê face a face consigo e seus fantasmas não solucionados.

O existir o amedronta e a morte o apavora.

Qual criança assustada, agarra-se ao corpo em desespero, receoso de perder o escafandro temporário onde se manifesta no plano material.

O contato psíquico com os antepassados o deprime na incerteza.

Seu futuro além da argamassa orgânica tornou-se medo que procura disfarçar nos esportes radicais.

E a figura excelsa de Jesus permanece um mistério que muitos temem investigar.

Que paradigma é este, capaz de fender a linha histórica, se fazendo marco do antes e do depois?

Como conseguiu aglutinar mais de dois bilhões de adeptos, os mantendo convictos de Sua doutrina até os dias hodiernos?

Negado por um, vendido por outro e abandonado pelos demais, prossegue produzindo mártires e santos, missionários e apóstolos, que espalham Seus ensinos em braçadas de flores perfumadas.

Certamente não desconheces a biografia do Cristo no mundo, começando numa noite fria de abril em Belém e encerrando num gólgota de insanidade humana, numa Jerusalém coberta de sombras.

Se o elegeste modelo e guia, copia Seus passos e porfia no clima do dever e das austeridades, já tão escassas em nossos dias.

Rende culto à consciência reta.

Presta teu tributo à verdade.

Vive no mundo como um verdadeiro cristão. Somente assim, os revérberos da luminosidade de Jesus incidirão sobre os escuros caminhos terrestres, apontando as primícias do Seu reino, que já não tardam a surgir no planeta em transição dolorosa, em marcha firme para a tão desejada regeneração.


Marta e Leon Denis ( Espíritos)


Medium: Marcel Mariano

Juazeiro, 29.12.2024





Nenhum comentário:

Postar um comentário