terça-feira, 9 de novembro de 2021

BONFIM>>>BAGÁ

 


BAGÁ


Por Mauro Coelho


Originário da tradicional família Sena Gomes, que muito contribuiu com a cultura e o desenvolvimento de nossa terra, João Sena Gomes, o Bagá, como é conhecido universalmente, é uma das reservas da cultura e moral de Senhor do Bonfim.


Seu violão é dedilhado com a maior sensibilidade e genialidade, que até João Gilberto, quando saía em sua parceria, não hesitava em convidá-lo por muitas vezes para enfrentar a vida artística, mas Bagá preferiu ficar e fazer serestas, tocar em conjuntos alegrando as noites de Senhor do Bonfim e de outras cidades nos velhos tempos, com seu amigo e parceiro Aloísio Leal.


Seu sucesso foi tamanho que os convites chegavam de montão de todas as partes do nosso querido Brasil, mas Bagá, como todo boêmio autêntico, se apaixonou por Odete, com a qual casou-se [...] e foi morar em Salvador, o berço da cultura brasileira, e logo foi convidado pelos melhores músicos da Bahia para ser crooner do conjunto vocal "Os Príncipes da Melodia" que foi também sucesso total.


[...]


Rafael Rabelo, grande violonista brasileiro, num encontro com Manu Canário, Gil Caribé, Adolfinho Lobo e Renato Sena Gomes, ao escutar Bagá, falou: essa fera, minha gente, era para estar nas melhores gravadoras do nosso país, gravando com os artistas.


Valdick Soriano, também por muitas vezes, falou para o Bagá: se eu pudesse era meu guitarrista e íamos varar as noites com todas as mulheres do mundo.


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Texto extraído da crônica "Bagá - um gentleman com muita arte e sensibilidade em seus acordes", publicada no jornal Lampião, em fevereiro de 1994.


Foto: Acervo Mauro Coelho

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