O menino de origem humilde, nascido e criado na Rua da Umburana, que cresceu ajudando sua mãe, dona Maria dos Anjos Vieira, a cuidar do irmão e vendendo cocadas nas ruas ou levando as trouxas de roupas que a mãe lavava, desde os oito anos de idade sabia o que iria ser quando crescer. Com uma caixa de sapatos e algumas tampas de pasta de dente criou um rádio imaginário, que acabou sendo seu brinquedo favorito por muito tempo. Até que um dia, Antônio dos Reis Alves, o Sargento Reis, chegou com um rádio, o primeiro e único presente que o pai lhe deu em toda sua vida e que o guarda até hoje.
Ouvindo a Rádio Globo, Rádio Clube e Sociedade, principalmente a programação esportiva, vozes como Jorge Curi, Waldir Amaral, Mário Freitas e Silvio Mendes foram determinantes para alimentar ainda mais o desejo daquele menino de ser radialista. Após alguns anos trabalhando em uma mercearia e na Brasilgás, finalmente viu a chance de realizar seu sonho com a chegada da Rádio Caraíba. Mas seu início não foi como locutor e sim como faxineiro, porteiro e cobrador da rádio. Com o dinheiro de suas primeiras férias comprou um gravador e algumas fitas cassetes e passou a produzir matérias para o programa Rolando a Bola, apresentado por Zé Antônio e Zé Cosme Sá. Depois, com a ajuda de Augusto Gomes, passou a atuar como repórter de pista cobrindo os jogos do Campeonato Intermunicipal.
Em 1985, Nonatinho e Carlos Carneiro decidiram formar a equipe esportiva com um locutor bonfinense, pois até então somente participavam profissionais de outras cidades. Apesar da resistência da diretoria, dona Lúcia Simões, sócia da rádio, acreditou em seu potencial e decidiu que o narrador esportivo da Rádio Caraíba seria aquele menino sonhador que até outro dia limpava os corredores da emissora.
Assim teve início a vida profissional de Cléber Vieira, uma história de superação e sucesso de um dos principais nomes da comunicação de Senhor do Bonfim.
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Foto: Acervo Cléber Vieira
Fonte: CleberVieiraNews
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