sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Bonfim: II Novembro Negro da UNEB discute sobre racismo estrutural


Lorena Simas
Coordenadora do Núcleo de Assessoria de Comunicação (NAC-DEDC/ UNEB)



O II Novembro Negro do Departamento de Educação (DEDC), Campus VII da UNEB trouxe a discussão sobre Educação, Identidade e Intersecionalidade e os desafios contemporâneos para as relações étnico-raciais através de minicursos, oficinas, apresentação de trabalhos, exposição fotográfica, lançamento de livros, exibição de filme, aula encenada e apresentações culturais como Samba de Lata e Roda de Capoeira de Cariacá. O evento reuniu estudantes e profissionais de diversas áreas que debateram sobre o racismo estrutural.
A professora do DEDC VII e coordenadora do II Novembro Negro, Carmélia Miranda, destacou que o evento reuniu desde crianças de 7 anos a idosos de 82 anos de várias cidades e culturas diferentes. “Contamos com a presença de especialistas na linguagem diaspórica, com professores (as) e pesquisadores (as) que abordaram diferentes temáticas acerca do racismo estrutural; discutimos sobre cantoras negras que eram obrigadas a trabalhar apenas com o samba, mas hoje existe um leque de possibilidades; conhecemos um pouco sobre a obra de Gilberto Gil desde 1967 até a atualidade, e a vida e obra de Abdias Nascimento, ator, escritor e professor importante no movimento negro; aprendemos sobre literatura africana, e como os personagens estão presentes nessas obras, dentre muitas outras aprendizagens”.

A estudante de Pedagogia, Daiane Cardoso, da comunidade quilombola Várzea do Mulato relatou que o evento trouxe vários temas importantes a serem discutidos. “A partir dos conhecimentos adquiridos, é possível trabalhar na sala de aula sobre o racismo e outras questões”, afirmou Daiane. A estudante destacou ainda que gostou da discussão tecida sobre etnobotânica, pois “foi possível aprender acerca dos conhecimentos populares que as comunidades, a exemplo de Tijuaçu, possuem em relação às plantas medicinais que são remédios alternativos para a cura de algumas doenças”.
O II Novembro Negro trouxe diferentes discussões e reuniu pessoas que dividiram seus conhecimentos. Assim, a coordenadora, Carmélia Miranda, frisou ainda que, “no III Novembro Negro, em 2020, esperamos que o evento cresça ainda mais. Buscaremos trabalhar com outras perspectivas, a exemplo do feminismo negro”.
O Novembro Negro é uma realização do DEDC VII da UNEB e do Laboratório de História e Cultura Afro-Brasileira e Currículo Mariinha Rodrigues (LahAfro).


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