terça-feira, 16 de março de 2021

Governadores querem comitê gestor nacional para unificar ações contra coronavírus

 

Foto: Reprodução/TV Senado


A comissão criada para acompanhar as ações de enfrentamento à covid-19 ouviu nesta segunda-feira (15) governadores sobre a situação da pandemia nos estados. Os representantes do Espírito Santo, Renato Casagrande, e do Maranhão, Flávio Dino, pediram que o Congresso Nacional lidere um grupo de trabalho para a elaboração de uma política nacional de combate à covid-19. Para Casagrande, a especulação sobre a saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde não trará grandes mudanças.

“Vai trocar o ministro? Não vai adiantar muito! Não vai adiantar muito, porque o que tem de mudar é o comportamento do Governo. Está certo? O Governo tem que passar a exercer uma coordenação dessa ação, o que não fez até agora”.


governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse que o presidente Bolsonaro sabota o trabalho da própria equipe. “O que eu vi, depois de três trocas de ministros que o Presidente já fez, é que o problema está nas orientações que o Presidente dá. Não há Ministro que consiga trabalhar com a sabotagem feita pelo próprio Presidente da República às medidas necessárias para o combate ao coronavírus. Se não for para oferecer ajuda, que seja para parar de oferecer ataques, agressões”.


Sobre o repasse de verbas federais aos estados, a senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, aproveitou a reunião para rechaçar declarações do governo sobre insinuações de desvios desse dinheiro.


O que esses governadores querem? Diálogo com o presidente da República, o que é praticamente impossível. Mas estão pedindo socorro ao Senado, porque precisam de mais vacinas. Precisam de ajuda aos estados e municípios e não essa guerra, que dá a entender que os estados receberam mais, os prefeitos receberam mais e, mais grave, todos dão a entender que os gestores são fraudadores!”


O governador de São Paulo, João Dória, disse que o Instituto Butantan vai entregar até quarta-feira mais 5 milhões e 300 mil doses da vacina a serem usadas em todo o país.


" Poderíamos ter iniciado a imunização dos brasileiros em novembro do ano passado. Hoje já teríamos mais de 40% da população brasileira imunizada e teríamos salvo milhares de pessoas que, infelizmente, foram a óbito. Mas o negacionismo do Presidente Bolsonaro impediu que isso acontecesse. Investiu em cloroquina, em vez de investir na vacina, hostilizou a vacina do Butantan”.


Dória também alegou que o Ministério da Saúde não está homologando os leitos de covid-19, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal, e que os custos estão sendo pagos pelo governo do estado.


Fonte: blogdoeloiltoncajuhy 





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