domingo, 5 de janeiro de 2025

Um Anseio de renovação e Progresso - Mensagem psicografada

 


Imagem ilustrativa


Um anseio de renovação e progresso parece contagiar muitas criaturas logo no início de cada ano. Promessas descumpridas, projetos engavetados e sonhos incompletos saem da gaveta do olvido e parecem ganhar novo fôlego, pelo menos no discurso de seus idealizadores.

Conspira contra o atual cenário mundial, tomado de perspectivas sombrias, entre os quais o espectro da guerra, de uma nova pandemia, a crise financeira mundial, onde nunca secam as fontes de recursos para a guerra e novas armas de destruição em massa, mas quase nunca a torneira da economia está aberta para novas escolas, academias de cultura e patrocínio das artes.

Mesmo assim, o idealista sonha em colocar seus projetos na pista da provável realização, qual aeronave que parece correr, veloz, a pista vasta da febricidade sonhadora, sem decolar ao fim de doze meses.

Entre as potências da alma, o fecundo escritor francês Leon Denis situou a vontade como ferramenta de impulso da alma, arrojando-se nos ideais abraçados até conseguir sua efetivação no tempo e no espaço. A inércia se lhe afigura uma vérmina destruidora dos projetos arquitetados, drenando a energia vital que deve emular os indivíduos na busca de seus objetivos existenciais. Ocorre que o atual panorama do planeta, nitidamente marcado por uma cultura materialista, onde as paisagens de sofrimento e conflito parecem asfixiar os nobres esforços, cavam fundos poços de desesperança, desestimulam a criatividade e desidratam a perseverança de incontáveis, que começam o rascunho, mas não passam a limpo os esboços de uma vida renovada.

São barcos primorosamente bem construídos, indefinidamente reféns no estaleiro do menor esforço. Nunca experimentaram a navegação em oceano revolto, testando a equipagem náutica e a resistência dos mastros.

A vida terrestre está cercada de desafios, desde o nascimento até o óbito. As quadras corporais trazem alterações de vulto, os entrechoques interpessoais são obstáculos diários e a mantença corporal se faz um sacrifício a cada hora, cobrando pesado tributo dos desatentos.

Perde-se a saúde num instante fugidio. Fortunas arduamente conquistadas evaporam da noite para o dia. Oásis de felicidade conjugal sofrem reviravoltas inesperadas, deixando mossas emocionais de difícil cicatrização.

E é natural imaginar que muitos desejos idealizados a cada dia não conseguem se erguer como um edifício seguro, ocorrendo que muitas vezes o indivíduo espera do outro algo que o outro não tem para dar.

A frustração campeia como erva daninha em solo fértil. Uma amargura parece nublar o olhar de quem hoje fita o futuro distante.

Entretanto, cada ano que se inicia traz como marca principal o renascimento da esperança, a renovação de propósitos, a alteração de estratégias para o alcance do êxito.

O Divino Amigo sabia de antemão que Seu messianato entre os homens seria difícil. Grupo reduzido, pobreza de cultura nos doze, fragilidade ante as tentações do mundo, e ainda assim conseguiu fender a história, insculpir uma nova era e conquistar bilhões de adeptos.

Suas ferramentas: certeza absoluta da imortalidade da alma, confiança no porvir e fé lúcida na Providência Divina.

Nunca se permitiu apartar-se da presença de Deus.

Quais teus sonhos para esse ano? Com que e com quem contas para levar adiante teus projetos na área pessoal?

Estás encarcerado no ontem, ansioso pelo amanhã ou o hoje se te fez estressado?

Começar o dia pensando nisso já é um bom rascunho para o que virá. O resto, a Excelsa Misericórdia e a Justiça de Deus colocarão em tua estrada, se não desistires em tempo algum.


Marta (Espírito)

Salvador, 05.01.2025


Médium: Marcel Mariano



quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

A Cabeça do Faraó Esquecido

 



A Cabeça do Faraó Esquecido


Ano de 1897, e a arqueóloga inglesa Margaret Ashford liderava uma expedição nas areias escaldantes de Saqqara, no Egito. 

Sob o patrocínio do Museu Britânico, Margaret tinha uma missão clara: desenterrar novos artefatos para a crescente coleção de tesouros egípcios. 

Contudo, ela jamais imaginaria encontrar algo tão intrigante e misterioso.

Após semanas de trabalho árduo sob o sol implacável, a equipe de escavação atingiu uma camada de pedra incomum. 

Não era a típica rocha desgastada que geralmente se encontra em ruínas, mas algo muito maior, esculpido com precisão divina. 

Era a cabeça de uma estátua colossal de granito negro, tão bem preservada que os detalhes do rosto pareciam capturar o olhar dos trabalhadores.

Margaret, perplexa, estudou os traços do rosto. 

Apesar de ser claramente um faraó, porém não correspondia a nenhum dos rostos conhecidos dos registros históricos ou estelas funerárias. 

O enigma era completo: quem era esse faraó esquecido? 

Por que não havia menções a ele nos textos antigos?

O Insólito Descobrimento

A cabeça, medindo mais de três metros de altura, foi cuidadosamente desenterrada ao longo de dias. 

Nas noites silenciosas, sob o céu estrelado do deserto, alguns trabalhadores murmuravam histórias sobre "amaldiçoados faraós perdidos", enquanto outros afirmavam ter ouvido sons estranhos durante a escavação: um baixo e constante eco, como se o próprio deserto sussurrasse segredos. 

Margaret, sendo uma mulher da ciência, descartou tais superstições, mas não conseguiu ignorar a sensação crescente de que aquele artefato carregava um poder inexplicável.

Enquanto limpavam a base da cabeça, a equipe encontrou inscrições em hieróglifos. 

Mas as palavras, parcialmente apagadas, não eram fáceis de traduzir. 

Chamaram um renomado egiptólogo, o Dr. Ibrahim Khaled, para ajudar. 

Após dias de estudos, ele conseguiu decifrar parte da mensagem: "Aquele que domina os ventos e as estrelas, cujo nome deve ser esquecido, repousa aqui para proteger o equilíbrio eterno."

Segredos Sob a Areia

As inscrições mencionavam que o resto do corpo do faraó estava enterrado em uma câmara oculta nas profundezas de Saqqara, protegida por armadilhas projetadas para deter intrusos. 

Margaret e Ibrahim, agora fascinados pela descoberta, decidiram continuar a escavação. 

Seguindo os indícios, encontraram uma entrada bloqueada por pedras que levavam a um túnel.

Enquanto desciam, foram recebidos por um silêncio profundo, quebrado apenas pelo som de seus passos. 

As paredes estavam cobertas por hieróglifos que narravam a história do faraó, identificado apenas como Akhem-Ra, o Guardião das Estrelas.

Ele governara durante um período sombrio e misterioso do Egito, marcado por guerras internas e fenômenos inexplicáveis, como eclipses contínuos e tempestades devastadoras. 

Akhem-Ra teria realizado rituais para restaurar o equilíbrio do cosmos, mas seu poder assustou tanto seus próprios sacerdotes que eles conspiraram para apagá-lo da história, escondendo sua estátua e seu túmulo.

O Despertar do Mistério

No coração do túnel, Margaret e sua equipe encontraram uma câmara com um sarcófago imenso, rodeado por inscrições que alertavam: 

"Quem perturbar o Guardião das Estrelas trará o caos ao mundo." 

Nesse momento, a câmara começou a vibrar levemente, e um vento gelado percorreu o espaço, embora estivessem a metros abaixo da superfície.

Um trabalhador, tomado pelo pavor, acidentalmente quebrou um pequeno jarro cerimonial próximo ao sarcófago. 

De dentro, uma fumaça negra começou a se espalhar pela sala. 

Margaret, tentando manter a calma, ordenou a todos que saíssem, mas ao olhar para trás, viu algo que a deixou sem palavras: os olhos da cabeça da estátua brilhavam com uma luz dourada.

A expedição foi rapidamente encerrada, e o local foi lacrado com o apoio das autoridades egípcias, mas Margaret sabia que aquilo era apenas o começo. 

Naquele dia, o Egito havia provado, mais uma vez, que seus mistérios iam além do que a ciência podia explicar.

Até hoje, os detalhes da cabeça do faraó Akhem-Ra permanecem envoltos em segredos, e aqueles que se aproximam de Saqqara dizem ouvir, nas noites mais silenciosas, o som do deserto sussurrando o nome daquele que jamais deveria ser lembrado.


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