domingo, 23 de novembro de 2025

Jesus, o Mestre por excelência

 


Imagem ilustrativa


Em uma escala astronômica, montada para refletir o surgimento do universo através do Big Bang, o período de um ano, de janeiro a dezembro, foi utilizado por cientistas e matemáticos para registrar a criação do infinito que nos cerca. 

No dia primeiro de janeiro teríamos a grande explosão cósmica, espalhando matéria e energia pelo vácuo, fazendo surgir o berçário de estrelas e as galáxias mais antigas. 

Por volta do final de agosto para início de setembro, o sistema solar apareceria na periferia da via láctea, desdobrado num astro amarelado atualmente, a incidir seus raios sobre nove planetas, a orbitarem a imensa estrela de gás flamejante. O nosso domicílio no universo aí estaria, qual fornalha em combustão de gases tóxicos e matéria em liquefação, agitado por convulsões telúricas colossais. Foram necessários quase quatro meses nessa escala hipotética para que a vida surgisse no solo do mundo, particularmente nos oceanos salgados, experimentando múltiplas transformações, até atingir o estágio atual. E essa exuberância de vida vegetal, animal e hominal somente teria ocorrido nos últimos minutos antes da meia noite do dia 31 de dezembro.

Enquanto se estima a idade da Terra em 4 bilhões e meio de anos, estamos aqui a pouco mais de dez milhões de anos, nos agitando em holocaustos e conflitos, genocídios e guerras, dores e amores.

Florescentes civilizações surgiram e foram devoradas pelo tempo, implacável vetor de povos e culturas. Erguemos pirâmides e totens, mastabas e túmulos faustosos, tentando perpetuar conhecimentos e vaidades, e a tudo cronos reduziu a pó.

Entronizamos deuses, heróis mitológicos, divindades das matas e das águas, prestando-lhes rebuscados tributos tribais e sacrifícios humanos, até entender que os deuses carregavam nossas fragilidades e agiam sob impulso de paixões e desejos nitidamente humanos. 

Gravitamos para as grandes religiões organizadas e dentro delas elaboramos rituais, liturgias complexas, escrevemos tratados teológicos de difícil digestão mental, delas nos utilizando para inocular medo nas criaturas humanas. 

Construímos moradas além da morte física, decidindo quem ia para os campos elísios ou desceria aos tártaros de dores e angústias eternas. Construimos o sacerdócio remunerado e as castas dominantes se impuseram nas sociedades acuadas pelo pânico das garras de satanás.

O dinheiro brotou da inteligência e movimentou a máquina do progresso material. Dominamos a arte de fazer o fogo, descobrimos a pólvora, adestramos o cavalo e domesticamos o cão. Construimos cidades e metrópoles. 

Milhares de anos de cultura e filosofia, arte e ciência, religião e pesquisa.

Agora, o espaço é nossa última fronteira. Ambicionamos descobrir outras civilizações, estabelecer contatos imediatos do primeiro, segundo e terceiro graus.

A cultura fascina, o conhecimento impressiona, a tecnologia deslumbra, mas o maior desafio permanece esperando o investimento de cada um: conhecer-se a si mesmo, descobrir o sentido existencial e ressignificar o viver.

Se perceber passageiro em trânsito na bólide planetária, excursionando na maravilhosa experiência de se saber imortal. 

O corpo, uma vestimenta. 

A Terra, uma escola. 

O universo, a casa de Deus.

O Evangelho, a cartilha diária. 

Jesus, o Mestre por excelência. 

Terei esquecido algum detalhe?


Marta  (Espírito)

Conceição do Coité, 23.11.2025


Médium: Marcel Mariano





Nenhum comentário:

Postar um comentário