terça-feira, 30 de agosto de 2022

Fiocruz e UFMG: vacina brasileira contra Covid está pronta para testes em humanos

 

Profissional de saúde com seringa retira dose da vacina contra a Covid-19 – Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo.


Uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está pronta para começar a ser testada em humanos. Chamado de SpiN-TEC, o imunizante teve bons resultados em fases pré-clínicas, com camundongos, que demonstraram segurança e indução das células de defesa T contra o novo coronavírus, inclusive em relação à variante Ômicron. Os dados foram publicados na revista científica Nature Communications.

Hoje, há apenas um imunizante brasileiro para a Covid-19 na fase 1 dos estudos clínicos com humanos, o desenvolvido pelo Senai Cimatec, na Bahia, em parceria com a empresa americana HDT Bio Corp. Agora, a SpiN-TEC aguarda o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para se tornar o próximo candidato à primeira vacina 100% idealizada e fabricada no Brasil.

O professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, e pesquisador do CTVacinas, da universidade, Ricardo Gazzinelli, explica que o imunizante se mostrou promissor no experimento com animais. Com isso, ele espera que a Anvisa autorize no próximo mês o início das fases clínicas, em que a vacina começa a ser avaliada em humanos. Os estudos serão conduzidos na própria UFMG, e as doses já estão prontas para chegarem aos braços dos voluntários.

“Já temos o lote clínico e concluímos todos os testes necessários para obter a aprovação Anvisa. Por isso, temos a esperança de começar o ensaio clínico em meados de setembro”, explica o pesquisador, em comunicado, e acrescenta: “Será uma dose de reforço.

Os voluntários do grupo-controle vão receber a vacina da AstraZeneca. Depois vamos comparar a produção de anticorpos neutralizantes, anticorpos totais contra o Sars-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) e a resposta de linfócitos T (células de defesa). A expectativa é que a nossa formulação induza uma resposta celular ainda mais forte (que a da AstraZeneca)”.


FONTE: Por Bernardo Yoneshigue/O Globo


Fonte:Blogdoeloiltoncajuhy 


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